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Projeto piloto de horta urbana será implantado em comunidade no Rio

O local escolhido foi o complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio.

A ideia é que o projeto possa se transformar em renda para os jovens e mães.

As hortas urbanas parecem ganhar o reconhecimento merecido. Após diversas iniciativas espontâneas em comunidades, o complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, foi o escolhido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para implantação do primeiro projeto piloto de agricultura urbana do governo federal.

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“Teremos um espaço de treinamento, de formação, para ensinar como fazer e, quem sabe, isso possa se transformar em renda para os jovens e para as mães”, disse a ministra Kátia Abreu. “Podemos produzir alimento, plantas medicinais e ornamentais, usando a criatividade. Pendurando pneu na parede, panela, plantando uma cebolinha, uma pimenta. Às vezes, uma panela velha pode fazer um belo arranjo.” Segundo a ministra, no futuro, a venda dos produtos poderá ser alavancada em espaços públicos como a Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal).

A dona de casa Teresa Rodrigues dos Santos da Silva, de 47 anos, fez várias perguntas e se mostrou entusiasmada com o projeto, sobretudo, depois de saber que poderia levar a filha de 6 anos ao curso. “Não poderia vir se não pudesse trazê-la. Isso é bom para a escola, para os alunos e para nós. Ver nossos filhos comendo a salada que nós mesmos plantamos. Gostei, pretendo participar”, disse Teresa.

O diretor de Produção e Sustentabilidade do ministério, Arno Jerke Júnior, informou que o projeto deve começar até o fim do ano e que serão comprados os equipamentos necessários e  contratados técnicos e especialistas. “Nossa proposta foi vir conversar e ouvir a comunidade. Agora vamos passar para a parte de operação. Nossa superintendência no Rio vai interagir com os atores locais, organizações não governamentais que já desenvolvem esse projeto no Rio, e vamos alinhar as estratégias.”

Jerke afirma que a escola é um ponto de partida importante, pois congrega adolescentes que precisam de capacitação, de ocupar o tempo disponível, e também os pais. “A escola é um ponto seguro para irradiar o projeto por toda a comunidade.”

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A diretora adjunta do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente Theophilo de Souza Pinto, também em Nova Brasília, Maria Angélica, ofereceu uma área da escola para a implantação do projeto. “Temos muita terra lá para plantar. Achei muito interessante o projeto, tomara que vá adiante, cresça e contamine a região toda. Um projeto como esse pode trazer benefícios, pois o ideal é que o pai esteja presente na escola, acompanhando a vida do filho”, disse ela.

Agência Brasil

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