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Artista paulistano reforma e grafita carroças durante a Virada Cultural

O projeto busca oferecer melhores condições de trabalho e inclusão social para catadores de materiais recicláveis e seus familiares.

A quarta edição do Pimp my Carroça acontece neste final de semana em São Paulo. O projeto busca oferecer melhores condições de trabalho e inclusão social para catadores de materiais recicláveis e seus familiares. A ação ocorrerá nos dias 17 e 18 de maio, durante a Virada Cultural paulista.

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Com a marca de 120 carroças “pimpadas” desde o início de sua trajetória, o Pimp my Carroça vem para reformar os instrumentos de trabalho dos catadores com o auxílio de profissionais e artistas urbanos engajados. Junto à transformação estética das carroças, grafitadas pelos artistas e passadas por processos de funilaria e borracharia, são instalados itens básicos de segurança como espelhos retrovisores, buzinas e faixas refletivas.


Foto: Divulgação

O mutirão de reforma acontecerá entre as 8h e 18h nos dois dias, na Rua Mauá e na Rua dos Protestantes, no centro de São Paulo. Além da “pimpagem”, um grupo composto por clínico geral, dentista, oculista, cabeleireiro e massagista destina-se ao atendimento das necessidades dos catadores e seus familiares. Os beneficiados ainda recebem um “kit catador”, contendo bota, capa de chuva, luvas emborrachadas, cordas e outros itens para auxílio nas coletas.

Novidade no projeto, o término da edição dá origem a um braço do evento, intitulado Pimp Nossa Coleta. Na ação, os catadores atendidos e suas carroças alteradas circularão pelo centro da cidade para a coleta de latinhas de alumínio e demais resíduos recicláveis gerados durante as 24 horas de atrações da Virada Cultural. Atividades como debates e apresentações musicais, além de muita informação sobre reciclagem e conscientização também estão previstas para acompanhar o dia de trabalho.

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Foto: Divulgação

“O Pimp my Carroça é justamente a junção de uma arte marginalizada, que é o graffiti, com o catador, que é um agente marginal, que trabalha com o lixo. Quantas famílias sobrevivem honestamente com o que tiram do lixo? Ele é uma solução ambiental e social, que pode gerar renda para milhares de pessoas” – avalia o artista urbano Thiago Mundano, idealizador do projeto. Segundo o último informe do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil (2012), publicação anual da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o total de lixo gerado no Brasil chegou a 64 milhões de toneladas em 2012, uma média de 383 quilos por pessoa. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Apicada (Ipea), em 2013, somam 380 mil catadores atuantes em território brasileiro, sendo 20% apenas no estado de São Paulo.

 

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