Pesquisadores detectam diminuição no tamanho de peixes amazônicos
Análises foram realizadas em seis riachos da Bacia do Alto Rio Xingu.
Análises foram realizadas em seis riachos da Bacia do Alto Rio Xingu.
Estudar os efeitos da conversão de florestas em áreas agrícolas nos riachos das cabeceiras no sudeste da Amazônia. Este era o principal objetivo do biólogo Paulo Ilha, como parte de seu doutorado em Ecologia no Instituto de Biociências (IB) da USP. Entretanto, em estudos preliminares ele se deparou com a relação do aquecimento das águas e o tamanho dos peixes: dois fatos já conhecidos separadamente, mas que não tinham sido testados em conjunto.
O pesquisador, junto a outros profissionais da USP, realizou suas análises em seis riachos, sendo todos da Bacia do Alto Rio Xingu: três com a bacia preservada e três com florestas convertidas em pastagem, inicialmente, e produção de soja posteriormente. Os riachos desmatados eram até 6°C mais quentes e tinham peixes, em média, 36% menores que os riachos com floresta.
Todo o estudo de campo foi realizado em uma fazenda no município de Querência, no Mato Grosso. Tal cidade possui apenas 27 anos de fundação, mas já é um dos maiores polos de produção agrícola do país.
Na entrevista acima, ao canal USP, Paulo Ilha explica o processo entre desmatamento de florestas, aquecimento das águas e alteração no tamanho dos peixes.