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Pesquisa sugere que meditação pode prevenir Alzheimer

Prática da meditação pode aumentar a atenção, a consciência e a saúde emocional

Alzheimer
Foto: Amy Elting | Unsplash

Focar no presente e deixar que as preocupações fluam na mente sem retê-las. Esta é uma das primeiras lições passadas aos iniciantes na meditação. Uma prática reconhecidamente benéfica para a saúde mental, de acordo com vários estudos, ganha mais um reforço: a tese de que quem medita possa talvez estar prevenindo a doença de Alzheimer.

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A investigação é realizada por pesquisadores da Université de Caen Normandie e do Inserm (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale), ambas da França. Em colaboração com outras equipes, as instituições analisaram o impacto de 18 meses de treinamento em meditação em pessoas saudáveis ​​com mais de 65 anos. Entre as descobertas positivas, percebeu-se que a meditação pode aumentar a atenção, a consciência e a saúde emocional.

O ensaio, que envolveu 136 pessoas, buscou entender o potencial benefício fisiológico, cognitivo e emocional da meditação. Os participantes foram divididos em três grupos: um deles seguiu a meditação de atenção plena e meditação compassiva, outro seguiu um período de treinamento em inglês (intitulado grupo “controle ativo”) e o terceiro grupo (o grupo “controle passivo”) não seguiu nenhuma intervenção.

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Foto: Divulgação

Em relação às partes do cérebro analisadas (como a ínsula e o córtex cingulado), não foram identificadas mudanças significativas. Gaël Chételat, um dos principais autores, acredita que “embora a meditação possa modificar o volume de cérebros mais jovens e mais plásticos, 18 meses de treinamento em meditação não são suficientes para modificar os efeitos do envelhecimento”.

Em contrapartida, diferenças significativas foram observadas entre o grupo de meditação em comparação com o grupo de aprendizagem de inglês, tais como melhor regulação da atenção e das capacidades socioemocionais nos participantes que meditaram durante o estudo.

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Foto: CDC | Unsplash

“Aqui a prática da meditação mostra o seu real benefício na saúde mental das pessoas idosas, com uma melhoria significativa em parâmetros específicos de bem-estar e realização, mas também na manutenção das capacidades atencionais e socioemocionais, conforme relatado pelos participantes”, explica o pesquisador Antoine Lutz.

Chételat afirma que a meditação parece ser uma abordagem promissora para preservar a estrutura e a função do cérebro, bem como a cognição e, assim, reduzir o risco de demência. Porém, somente “análises futuras sobre resultados secundários determinarão as medidas mais sensíveis ao treinamento de meditação e os fatores associados à capacidade de resposta à intervenção”, conclui.

Confira o estudo na íntegra, em inglês.

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Alzheimer

No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. O Alzheimer, em específico, é uma doença neurodegenerativa, progressiva e sem cura, portanto tentar prevenir é ainda o melhor remédio. Entre as dicas de prevenção, o órgão de saúde brasileiro indica:

  • Ter uma vida ativa e com objetivos;
  • Praticar atividade física regular por pelo menos por 150 minutos por semana;
  • Controlar os fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes;
  • Procurar estudar e adquirir conhecimento;
  • Trabalhar sua capacidade de concentração;
  • Dormir bem.
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Foto: iStock

Ainda que não tenha cura, é importante saber que já existem opções de tratamento, como medicamentos (disponíveis nas farmácias do SUS), reabilitação cognitiva e terapia ocupacional. Desconfia quem alguém da sua família possa ter a doença? Confira abaixo 10 sinais de alerta para o Alzheimer:

  • Problema de memória que afeta as atividades e o trabalho;
  • Dificuldade para realizar tarefas habituais;
  • Dificuldade para comunicar-se;
  • Desorientação no tempo e no espaço;
  • Diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
  • Dificuldade de raciocínio;
  • Colocar coisas no lugar errado, muito frequentemente;
  • Alterações frequentes do humor e do comportamento;
  • Mudanças na personalidade;
  • Perda da iniciativa para realizar atividades.