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Médico explica os riscos de alimentos ultraprocessados

Cheios de calorias, ingredientes artificiais e poucos nutrientes, os ultraprocessados são uma ameaça à saúde – veja como evitar!

Published 03/07/2023
refrigerante açucar

Foto: iStock

Presentes na rotina da maioria das pessoas, os alimentos ultraprocessados trazem ingredientes que não costumam ser utilizados na culinária caseira, como conservantes, adoçantes artificiais e emulsificantes – garantindo mais tempo nas prateleiras dos mercados antes de estragarem e também aquele sabor “viciante”. Infelizmente, além de comuns, estes produtos também são um risco à saúde, justamente pela sua composição.

Estudos têm mostrado que o consumo de alimentos ultraprocessados pode estar relacionado a diversos problemas de saúde, como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas. Esses alimentos geralmente possuem baixo teor de nutrientes e alta densidade energética, o que significa que têm muitas calorias, mas não trazem a quantidade correspondente de nutrientes. O resultado é sobrepeso e ao mesmo défict nutricional.

Conservantes, corantes, adoçantes artificiais e emulsificantes são alguns exemplos de aditivos químicos usados em alimentos ultraprocessados que também ameaçam a nossa saúde. Esses aditivos podem ter efeitos tóxicos no corpo humano, especialmente quando consumidos em quantidades excessivas.

Foto: Ball Park Brand | Unsplash

Entenda os riscos

Os emulsificantes são compostos químicos encontrados em muitos alimentos ultraprocessados que melhoram a aparência e a textura dos alimentos e prolongam sua vida útil. Estudos têm mostrado uma relação clara entre a ingestão de emulsificantes e um risco acrescido de câncer em geral, câncer de mama e doenças cardiovasculares.

O adoçante aspartame, por sua vez, é um dos aditivos mais polêmicos em alimentos ultraprocessados. Embora seja duzentas vezes mais doce que o açúcar e tenha sido anunciado como uma ótima alternativa de baixa caloria, surgiram dúvidas sobre seus possíveis efeitos nocivos. A OMS afirmou que o uso prolongado de adoçantes como o aspartame pode aumentar o risco de doenças crônicas, como diabetes e obesidade.

O médico nutrólogo, Dr. Ronan Araujo, explica que o consumo de alimentos industrializados traz uma sobra de energia calórica e pouca nutrição ao organismo. Consumir vários desses alimentos potencializa os efeitos ao corpo provocando inflamação e obesidade.

Foto: Gabrielle Henderson | Unsplash

A má alimentação também pode causar danos à saúde dos jovens, como deficiência de concentração, de aprendizado e de memória. A insuficiência de nutrientes pode provocar, ainda, alterações neurológicas na adolescência, acarretando doenças como: hipertensão, diabetes, alterações articulares e comportamentais.

Como evitar os ultraprocessados?

A resposta é simples: optando por alimentos frescos  que são ricos em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e fibras, e têm baixo teor de sódio, gordura e açúcar adicionados. Na dúvida, pode seguir a teoria de que é melhor descascar do que desembalar.

“Ao escolher alimentos frescos e pouco processados, é importante também evitar adicionar muitos temperos, gorduras, açúcares e sal, que podem diminuir os benefícios nutricionais desses alimentos. É possível preparar alimentos frescos e pouco processados sem adicionar muito sal ou açúcar”, reforça Araujo.

Uma dieta rica em alimentos frescos e pouco processados pode trazer muitos benefícios à saúde, como redução do risco de doenças crônicas, melhora da saúde cardiovascular e controle do peso corporal.

Foto: Pixabay

Um estudo realizado por cientistas do King’s College, de Londres, comprovou que seguir uma dieta de alimentos ultraprocessados pode levar ao aumento de açúcar no sangue, níveis elevados de gordura e ganho de peso em apenas duas semanas. Em contrapartida, uma dieta rica em alimentos frescos ou pouco processados pode resultar na perda de peso.

Algumas dicas:

Além de tudo, vale prestar atenção aos rótulos dos alimentos e escolher aqueles com menos aditivos químicos. A leitura dos rótulos dos alimentos pode ser complexa, mas é importante prestar atenção às informações nutricionais, aos ingredientes e à lista de aditivos químicos.

“É importante lembrar que a escolha de alimentos frescos e pouco processados deve ser uma escolha consciente, e não uma mudança temporária na dieta. A chave para uma alimentação saudável é a moderação e o equilíbrio. Não é necessário eliminar completamente os alimentos ultraprocessados da dieta, mas sim reduzir seu consumo e optar por alimentos frescos e pouco processados sempre que possível”, finaliza o Dr. Ronan Araujo.

Foto: Liwanchun | Pixabay

 

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