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No Brasil, o cultivo de algas é uma atividade ainda incipiente, apesar do grande potencial existente e da diversidade de espécies nativas. Algumas comunidades costeiras reunidas em associações, principalmente no Nordeste, cultivam a espécie nativa Gracilaria birdie e há alguns cultivos da espécie exótica Kappaphycus alvarezzi. Mas esses cultivos têm mostrado muitas dificuldades e a algicultura no Brasil ainda necessita ser aperfeiçoada, podendo ser uma fonte importante de desenvolvimento.

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Dessa forma, a aluna do Programa de Pós-Graduação em Aquicultura do Caunesp, Stefany Almeida Pereira, realizou durante o mestrado um projeto visando o cultivo da alga nativa Hypnea pseudomusciformis. Esse projeto faz parte da Rede de Sustentabilidade na Aquicultura, e foi desenvolvido sob orientação do professor Wagner Cotroni Valenti e coorientação da pesquisadora Janaina M. Kimpara, da Embrapa Meio Norte.

O trabalho mostrou que essa alga pode ser cultivada com técnica simples, barata e sustentável. Pode atender aos mercados alimentício e de cosmético por apresentar elevado valor nutricional, além de compostos bioativos de interesse à saudabilidade, como, por exemplo, antioxidantes.

Outro fator interessante da produção dessa espécie é sua característica orgânica, no qual todo o cultivo e processamento do produto é livre de aditivos químicos. Além disso, o cultivo de algas foi sustentável, fornecendo inclusive serviços ecossistêmicos capazes de trazer benefícios ao ambiente e às comunidades adjacentes à área da fazenda.

Assim, o trabalho mostra grande perspectiva para que essa espécie seja cultivada em escala comercial e lançada como um novo produto no mercado brasileiro. Para isso, trabalhos futuros serão realizados pelo grupo com o objetivo de desenvolver cada vez mais a atividade no país.

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A Rede de Sustentabilidade na Aquicultura formada por mais de 40 pesquisadores de todo o Brasil e coordenada pelo CAUNESP (Centro de Aquicultura da Unesp).