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Comovente, inspirador e ao mesmo tempo preocupante. Assim é o vídeo de um “bebê” polvo que circula nas redes sociais. Gravado pelo mergulhador Pall Sigurdsson, as imagens mostram o pequeno animal trocando o copo plástico por uma concha do mar.

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A mudança de abrigo foi mediada pelo próprio mergulhador que, com muita paciência, oferece várias conchas. Quando o animal escolhe a estrutura de seu novo lar, ele se muda levando a “bagagem plástica” para a tensão do mergulhador. Só, aos poucos, o polvo vai deixando o copo, que usava como refúgio, e em seguida ganha uma segunda conchinha.

Com esta simples ação os mergulhadores quase ficaram sem oxigênio, mas no fim deu tudo certo. Em entrevista ao Bored Panda, Sigurdsson explicou porque precisava ajudar o polvo. “Não é a primeira vez que vejo polvos fazendo casas com lixo. Eles são animais inteligentes e usam seu ambiente em proveito próprio, e o lixo é uma parte permanente de seu ambiente agora. No entanto, o polvo com seus tentáculos macios não sabia que este copo praticamente não oferece proteção e, em um ambiente competitivo como o oceano, esse copo era uma sentença de morte garantida”.

Apesar da boa ação ser válida e até emocionante, o vídeo deve ser visto como uma reflexão sobre o lixo plástico no mar, problema gravíssimo e sem precedentes. O que estamos e podemos fazer para mudar essa situação? Muitos outros animais marinhos estão agora sofrendo com nossos resíduos no mar.

Plástico: estimativa cruel

A situação acima ocorreu na ilha de Lembeh. Localizada na Indonésia, possui apenas 25 km de comprimento e 2 km de largura. Mas, como já mostramos aqui, nem as ilhas paradisíacas estão a salvo dos resíduos plásticos.

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O que é ruim, tende a piorar. Estima-se que em 2050, os oceanos poderão ter mais plásticos do que peixes. A afirmação decorre de um estudo da organização britânica Ellen MacArthur Foundation, onde é mostrado que mais de 32% de todo o plástico descartado fogem do controle dos sistemas de reciclagem ou coleta e têm como destino os ecossistemas naturais, principalmente os oceanos.

Hoje, aproximadamente oito milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos anualmente. Esse número é equivalente a um caminhão cheio de resíduos sendo despejado a cada minuto. Em 2030, este número deve ser o dobro e, em 2050, podem ser quatro caminhões de plástico por minuto.

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