- Publicidade -

Felino raro e ameaçado de extinção é avistado no RJ

De hábitos noturnos e solitários, o Gato-Maracajá é nativo da Mata Atlântica

Gato-Maracajá
É o primeiro registro do Gato-Maracajá na Estação de Guaxindiba. | Foto: Inea

Uma espécie rara, nativa da Mata Atlântica, foi avistada e fotografada na Estação Estadual de Guaxindiba, uma unidade de conservação do Rio de Janeiro. O registro do Gato-Maracajá (Leopardus wiedii) foi realizado pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente), que administra o local, pela primeira vez.

- Publicidade -

De acordo com a instituição, o animal, também chamado de gato-da-mata, já havia sido detectado em armadilhas fotográficas, mas somente no dia 5 de outubro os guarda-parques conseguiram fotografá-lo.

Gato-MaracajáGato-Maracajá fotografado na Estação Estadual de Guaxindiba. | Foto: Inea 

“O Inea trabalha diariamente na promoção e manutenção do bem-estar dos animais silvestres do estado do Rio de Janeiro. Ficamos muito felizes com aparições como essa, porque a preservação das espécies, um dos pilares do instituto, é essencial para a sustentabilidade de ecossistemas como a Mata Atlântica”, destaca o presidente do Inea, Philipe Campello.

O Inea explica que a foto foi realizada durante uma ação de educação ambiental com uma escola da região. O animal passou a ser monitorado após um pesquisador avistá-lo na mata.

- Publicidade -

“Há cinco anos sabe-se da existência do Gato-Maracajá na unidade, devido a uma pesquisa científica realizada pela UERJ (Universidade Estadual Do Rio de Janeiro), que o encontrou após a instalação de câmeras trap em toda a estação. Contudo, o animal nunca havia sido visto pessoalmente”, explica o Inea.

Criada em 2002, a Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba possui uma área de aproximadamente 3.260 hectares e está inserida no município de São Francisco de Itabapoana, no interior do Rio de Janeiro.

Gato-Maracajá

O Gato-Maracajá é um felino de hábitos noturnos e solitários característico da Mata Atlântica, mas também pode ser encontrado no Pampa, além de outras partes da América Central.

- Publicidade -
Gato-Maracajá
Gato-Maracajá no Parque dos Felinos de Lumigny-Nesles-Ormeaux, na França. | Foto: Clément Bardot | CC BY-SA 3.0 

Apesar de ter aparência semelhante à Jaguatirica (Leopardus pardalis), seu tamanho se limita ao de um gato doméstico. A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) destaca as seguintes características do animal: cauda longa, olhos grandes, orelhas maiores e mais arredondadas, pelagem com manchas sólidas e espaçadas.

“A habilidade com as patas e a cauda longa lhe confere uma excepcional capacidade arbórea e eles permanecem a maior parte do tempo em árvores”, destaca o Instituto Pró-Carnívoros. Segundo a instituição, a caça de tais animais assim como a perda e fragmentação de ambientes florestais são as principais ameaças para a espécie.

O Gato-Maracajá é classificado mundialmente pela Lista Vermelha da IUCN como espécie “quase ameaçada” e pelo ICMBio-MMA como ameaçado de extinção no Brasil, na categoria “vulnerável”.