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Ações urgentes para eliminar, substituir ou reciclar plásticos flexíveis

Novo relatório da Fundação Ellen MacArthur aponta perigos e ações específicas para enfrentar a poluição por plásticos.

plásticos flexíveis
Foto: iStock

A Fundação Ellen MacArthur acaba de lançar um novo documento que ajuda a enfrentar a poluição por plásticos, dessa vez incentivando a eliminação, substituição ou reciclagem de embalagens flexíveis – a categoria de embalagens plásticas que mais cresce.

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Por ser quase uniformemente de uso único, com reciclagem muito baixa e altas taxas de vazamento, também é, de longe, o segmento de mercado mais desafiador para abordar na jornada em direção a uma economia circular para plásticos.

Com esse material, a Fundação Ellen MacArthur visa apoiar empresas e governos a alcançar seus objetivos de economia circular para plásticos, fornecendo uma direção prática para embalagens plásticas. A Fundação identificou 21 ações específicas e urgentes que são necessárias para fazer progressos significativos em direção às metas de embalagens plásticas de 2025 e além. 

Empresas, iniciativas colaborativas intersetoriais, formuladores de políticas e outras organizações que já estão em sua jornada de economia circular podem usar as ações como um modelo para identificar como podem contribuir para a transição coletiva em direção a uma economia circular para plásticos.

Eliminar plásticos flexíveis

Com a contribuição de mais de 100 especialistas, o trabalho apresenta uma estratégia abrangente que envolve o reconhecimento de que existem vários caminhos para abordar as embalagens flexíveis em uma economia circular. Em primeiro lugar, as empresas devem deixar de usar embalagens flexíveis de uso único.

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Os resíduos de embalagens flexíveis são difíceis de lidar, independentemente do material ou da localização, e, portanto, a eliminação direta e a inovação, sempre que possível, são rotas atraentes.

Para embalagens que não podem ser eliminadas sem consequências indesejadas, existem alternativas de substituição ou reciclagem de materiais. Para enfrentar esse problema, a Fundação Ellen MacArthur aponta algumas iniciativas eficazes:

Eliminação direta 

plásticos flexíveis
Foto: Erik Mclean | Unsplash
  • A remoção de embalagens flexíveis desnecessárias para apenas 3 categorias de produtos na UE e nos EUA eliminaria 40 vezes mais material do que os esforços atuais. 
  • O potencial mundial de eliminação direta é de 5 a 10% do mercado e é a maneira mais rápida de progredir em direção às metas de 2025.
  • Ao eliminar as embalagens atuais, as marcas devem incorporar uma avaliação crítica da necessidade de flexíveis em todos os processos de desenvolvimento de novos produtos para evitar a criação de materiais desnecessários.

Eliminação inovadora 

embalagens retornaveis
Tigelas de metal retornáveis na Austrália
  • Redesenhar produtos para que não precisem de embalagens ou desenvolver embalagens reutilizáveis. Nem todos os flexíveis podem ser eliminados diretamente sem consequências não intencionais, portanto, é necessário inovação na origem, neste caso, repensando-se os produtos e modelos de entrega. 
  • Algumas soluções de eliminação inovadoras que podem escalar rapidamente e criar impacto até 2025 são produtos sólidos, revestimentos comestíveis e embalagens solúveis em água.

Substituição

bioplástico ecológico de buriti
Bioplástico de buriti criado por estudante brasileira | Imagem: Biocompósito/Youtube
  • O papel pode substituir até 15% dos plásticos flexíveis e também pode ter uma persistência menor no meio ambiente. Por outro lado, é preciso garantir que o uso de papel não aumente a demanda de madeira virgem, por isso as organizações precisam avaliar se outras embalagens de papel em seus portfólios poderiam ser reduzidas e se mais conteúdo reciclado ou produtos agrícolas poderiam ser usados.  
  • A substituição por compostáveis está atualmente restrita a embalagens que contaminam resíduos orgânicos e embalagens contaminadas com alimentos. No entanto, se forem construídos sistemas de coleta de resíduos orgânicos, os plásticos compostáveis podem ser considerados para até 20% dos plásticos flexíveis. 

Reciclagem

reciclagem
Foto: Bas Emmen | Unsplash
  • Em todo o mundo, mesmo em países com sistemas de reciclagem estabelecidos, a reciclagem de alta qualidade de flexíveis B2C é de cerca de 0%. Mudar todos os flexíveis multimateriais para monomateriais e eliminar ou redesenhar itens menores que 50x50mm são algumas das ações que podem ser tomadas para mudar essa realidade. 
  • Precisamos tanto de REP (Responsabilidade Estendida do Produtor) quanto de investimento em infraestrutura. Na Europa, por exemplo, são necessários 2 bilhões de euros (mais de 10,5 bilhões de reais) para triplicar a capacidade de coleta e triagem e quadruplicar a capacidade de reciclagem.  
  • Para regiões atendidas pelo setor informal, como é o caso da maioria dos países da América Latina, é preciso estabelecer um sistema de reciclagem inclusivo, combinando trabalho manual e infraestrutura mecânica.

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