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Singapura inaugura uma das maiores usinas solares flutuantes do mundo

Energia renovável vai suprir totalmente a demanda das estações de tratamento de água.

usina Singapura
Foto: PUB, Singapore’s National Water Agency

Um dos maiores projetos de geração de energia solar instalado em superfície aquática foi inaugurado oficialmente em Singapura. Com extensão de 45 hectares – equivalente a 45 campos de futebol – a usina flutuante poderá gerar até 60 MWp. 

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Para se ter ideia, o potencial de eletricidade é equivalente a abastecer cerca de 16 mil apartamentos e reduzir as emissões de carbono em cerca de 32 quilotoneladas por ano, o mesmo que retirar 7 mil carros de circulação.

A usina é composta por 122 mil painéis solares, que foram instalados no reservatório de Tengeh. A produção energética vai suprir totalmente a demanda das cinco estações de tratamento de água de Singapura, tornando o país um dos poucos a terem o sistema de abastecimento de água 100% abastecido por energia renovável. Tais operações requerem quantidades significativas de energia e, com a solução, será possível reduzir a dependência de combustíveis fósseis e limitar as emissões de gases com efeito estufa. 

Autoridades presentes na inauguração da usina flutuante de Singapura

O projeto também vai contribuir com a meta nacional de quadruplicar a implantação de energia solar até 2025. Outra grande vantagem é que a água ajuda a resfriar os módulos fotovoltaicos, tornando-os mais eficientes, além de formar um bloqueio que reduz a evaporação da água. Este último item é especialmente importante para Singapura, que, sem recursos naturais hídricos suficientes, importa água de outros países.

Impacto ambiental

Batizada de Fazenda Solar Flutuante Sembcorp Tengeh, a usina é um projeto da empresa Sembcorp Industries e da Agência de Gestão da Águas de Singapura (PUB). 

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A construção do sistema solar flutuante, que começou em agosto de 2020, obteve aval de estudos ambientais prévios, incluindo pesquisas de biodiversidade, monitoramento e modelagem da qualidade da água. Os resultados, segundo os responsáveis pelo projeto, não mostraram nenhuma mudança observável na qualidade da água, nem significativo impacto na vida selvagem circundante.

De todo modo, a usina foi projetada para minimizar o impacto na água, flora e fauna do reservatório. “Espaços suficientes entre os painéis solares foram incorporados para melhorar o fluxo de ar e permitir que a luz solar alcance a vida aquática. Aeradores adicionais também foram instalados para manter os níveis de oxigênio no reservatório”, afirma a PUB em comunicado à imprensa.

Leia também: Painéis solares flutuantes em usinas dobrariam geração hidroelétrica na África.

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