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DNA florestal
Foto: Alenka Skvarc | Unsplash

Um trabalho pioneiro vai gerar renda para comunidades da Amazônia, preservando a biodiversidade da região. A partir de 2022, deve entrar em operação o biobanco da Amazônia, que terá uma arquitetura técnica desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) liderados pelo membro do IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos), Marcos Simplício e professor da Escola Politécnica da USP. A IEEE é uma organização profissional técnica voltada para o avanço da tecnologia em benefício da humanidade.

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O banco de dados vai armazenar o sequenciamento genômico de várias espécies da floresta, coletados pelos moradores locais, que podem ser adquiridos pela indústria farmacêutica, cosmética e alimentícia. A iniciativa faz parte do Projeto Amazônia 4.0, desenvolvido pelos irmãos Ismael e Carlos Nobre. No Laboratório de Criação Genômica, a comunidade será treinada para fazer o sequenciamento genômico da espécie.

dna floresta

Para garantir os direitos de propriedade intelectual deste trabalho, o laboratório utilizará um sistema de blockchain colaborativo. Operando como livro de registro digital, esse sistema garantirá a transparência e a rastreabilidade das contribuições de cada indivíduo ou organização não governamental (ONG) ao biobanco. Haverá também um sistema de busca de espécies documentadas, um sistema de proteção de dados e mecanismos para entrega de sequenciamento genômico às partes interessadas. “O mecanismo de distribuição de dados para destinatários precisa ser muito robusto, porque estamos falando de muitos gigabytes ou até terabytes por sequência de DNA”, explica Marcos Simplício.

A Amazônia é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. Estudo de pesquisadores brasileiros e publicado pela Agência Fapesp revelou que existem 14.003 espécies de plantas com sementes, das quais 52% são arbustos, cipós e ervas. As árvores são representadas por 6.727 espécies. Muitas dessas plantas possuem características bioquímicas ainda desconhecidas pela humanidade, como novas moléculas, enzimas e antibióticos naturais que podem eventualmente ser utilizados pela indústria e promover o desenvolvimento socioeconômico da região.

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