Trump oficializa saída dos EUA do Acordo de Paris
Cumprindo sua promessa de campanha, Trump consolida mais um retrocesso ambiental.
Em meio à acirrada disputa presidencial, Donald Trump oficializou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris na madrugada desta quarta-feira (4). Joe Biden pode reverter decisão, se eleito.
Foi no final de 2015 que 195 países chegaram ao acordo histórico de manter o aumento da temperatura global abaixo dos dois graus. Os EUA que, junto a China e Índia, são considerados os maiores poluidores do mundo, também assumiram o compromisso de reduzir as emissões de gases poluentes.
O acordo foi assinado pelo então presidente Barack Obama. Menos de dois anos depois, Trump cumpriria sua promessa de campanha retirando o país do Acordo de Paris. Em novembro de 2019, deu início oficialmente ao processo de retirada e, portanto, já era previsto que em um ano os EUA estaria fora definitivamente.
Este não é um fato isolado. Além de negacionista do clima, o presidente dos EUA deixou bem claro que meio ambiente sempre esteve longe de ser sua prioridade. Uma reportagem do Washington Post, publicada na última sexta-feira (30) elencou o retrocesso ambiental no governo Trump. Mais de 125 proteções ambientais foram enfraquecidas ou eliminadas nos últimos quatro anos.
Com a eleição ainda não definida – e a contagem de votos sendo acompanhada no mundo inteiro – é possível que a decisão ainda seja revertida. O candidato Joe Biden prometeu incluir os Estados Unidos novamente, caso seja eleito.
Acordo de Paris
Uma das metas mais ambiciosas do pacto está em conter o aquecimento global em até 1,5º C até 2100. Uma vez que, com o modelo de desenvolvimento atual, a estimativa é que a Terra aqueça pelo menos 3ºC até esta data.
O acordo também firmou o compromisso dos países em estipularem planos nacionais em busca da descarbonização mundial. Desde então, diversos governos – sobretudo europeus – lançaram suas metas.
Ainda foi acordado que nações ricas, como os Estados Unidos, deveriam financiar a transição dos países em desenvolvimento. Foi estipulado a meta de 100 bilhões de dólares por ano em ajuda financeira.