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Jovens retomam mobilizações globais pelo clima

O objetivo é exigir de todo os governos atitudes urgentes e ambiciosas para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa.

emergência climática
Greve Global pelo Clima tem data marcada. Foto: Climate Strikes

As mobilizações globais de jovens pelo clima, que levaram 7,6 milhões de pessoas às ruas, em 2019, voltaram a chamar atenção de todo o mundo para a crise climática nesta sexta-feira (25).

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O objetivo é exigir de todos os governos atitudes urgentes e ambiciosas para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa e, assim, limitar o aquecimento global aos níveis definidos no Acordo de Paris. Cientistas alertam que conter o aumento da temperatura da Terra em até 2°C em relação aos níveis pré-industriais é essencial para evitarmos os efeitos mais catastróficos das mudanças climáticas.

Por causa da pandemia da Covid-19, a maior parte das mobilizações foi deslocada dos espaços públicos das principais metrópoles do mundo para a internet. Em seminários e protestos virtuais, jovens ativistas exigirão ações como o fim da produção e do consumo de petróleo, gás e carvão, a eliminação das fontes de financiamento aos combustíveis fósseis, o combate ao desmatamento e à degradação florestal e o respeito aos Povos Tradicionais.

Fotos: Climate Strikes

Na América Latina, as mobilizações ocorrerão em um cenário de aumento das queimadas e da degradação de biomas como o Pantanal, a Amazônia e o Chaco. Em todo o mundo, as comunidades socialmente mais vulneráveis são também as que já enfrentam os piores impactos da crise climática. Por isso, demandas associadas à ideia de justiça climática, ou seja, de soluções que ajudem a resolver tanto a crise ambiental quanto a social, aparecem cada vez mais claramente na pauta dos movimentos jovens.

Em uma carta aberta divulgada uma semana antes das mobilizações globais, ativistas de países em desenvolvimento adiantaram o tom dos protestos desta sexta-feira. Eles destacaram a importância de ações específicas para evitar que queimadas, crises hídricas e desastres ambientais provocados pela indústria de combustíveis fósseis agravem-se no Sul global.

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Ativistas protestam em frente ao Ibama

Na capital paulista, jovens, crianças e suas famílias vão protestar em frente à sede do Ibama. Além de São Paulo, outras capitais brasileiras terão atos contra o desmatamento e as queimadas que estão destruindo o Pantanal, a Amazônia e o Cerrado desde junho, em uma das temporadas secas mais letais da história do país.

“Há um ano ocupamos a Avenida Paulista porque um bioma queimava. Hoje são três deles sendo reduzidos a pó. Precisamos nos mobilizar urgentemente contra essa escalada de destruição!”, afirma o texto de convocação para os atos divulgado nas redes sociais.

Os ativistas também protestam contra a paralisia do Ministério do Meio Ambiente e o desmonte de órgãos federais de fiscalização ambiental, como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e o ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

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Por conta da pandemia, os protestos físicos terão regras de distanciamento social, e os participantes devem estar equipados com máscaras e álcool em gel.

Também haverá um ato online, com a participação de pelo menos 27 movimentos e coletivos da sociedade civil brasileira, sob a hashtag #NossaCasaEstáEmChamas.

Ato Global pelo Clima em São Paulo:

Será realizada uma vigília com distribuição de mudas.

Quando: Hoje (25), concentração às 17h, ato 18h30 – 20h

Onde: Sede do Ibama, localizada na Alameda Tietê, 637, Jardins

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