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Geração COP reconhece emergência climática, mas é otimista

Nova edição do Barômetro de Realidade Climática focou seus resultados na geração de pessoas nascidas a partir da 1ª COP

jovens por do sol
Foto: Elizeu Dias na Unsplash

A nova edição do Barômetro de Realidade Climática traz resultados focados na Geração COP, que são as pessoas que nasceram a partir da primeira conferência em 1995. Os dados da pesquisa deste ano revelam que, no Brasil, a preocupação com a mudança climática aumentou e é considerada um problema global mais importante do que qualquer outro.

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De acordo com o Barômetro, 52,8% da população brasileira acredita que a mudança climática é um dos maiores problemas que o mundo enfrenta hoje. Ao todo, 48,2% da população no Brasil está otimista de que evitaremos um desastre climático durante o seu período de vida – a taxa de otimismo entre a geração COP é de 51,5% e a da geração anterior de 30 anos ou mais cai um pouco, 47,1%. Para combater as mudanças climáticas, 62,3% dos brasileiros entrevistados acreditam que as empresas devem investir em tecnologias ambientais.

O Brasil ocupa uma posição crítica no esforço global para combater a crise climática por conta da Bacia Amazônica e da rica biodiversidade do país, que contribuem para o equilíbrio do clima em todo o mundo. Embora a floresta amazônica atue absorvendo mais gases de efeito estufa (GEE) do que emite, o Brasil também se destaca como o maior emissor de gases de efeito estufa na região da América Latina e do Caribe.

mudanças climáticas
Fonte: Barômetro de Realidade Climática

Segundo a pesquisa, até 2030, os choques relacionados ao clima terão o potencial de forçar até três milhões de brasileiros a condições de pobreza extrema. Os impactos climáticos no Brasil incluem temperaturas mais altas que alteram a distribuição de espécies, secas que afetam ecossistemas e comunidades de água doce, mudanças climáticas que influenciam a propagação de doenças e aumento do nível do mar que afeta áreas baixas do delta do Amazonas.

Dados Globais

No terceiro ano, o Barômetro é publicado à medida que a emergência climática se torna inegável: registros de temperaturas do oceano sem precedentes, níveis baixos recorde de gelo marinho no Ártico e na Antártica e fenômenos climáticos extremos no mundo todo.

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A frequência crescente destes fenômenos adversos é provavelmente a razão por que mais pessoas mencionam a “mudança climática” (55%) como o problema global mais importante, acima de outros tais como o “aumento dos preços” (53%), a “pobreza” (37%) e a “guerra” (23%).

registro de recorde de temperaturas
Temperaturas diárias de cada ano, registradas desde 1979, com cada linha representando um ano, com uma falha no registro de dados referente a fevereiro. Gráfico de Krystina Shveda e Byron Manley, da CNN. Fonte: Climate Reanalyzer.

“Acreditamos que ouvir a geração mais jovem pode ajudar governos, comunidades e empresas a alinharem melhor ações positivas que apoiem aqueles que já experimentaram a mudança climática ao longo da vida”, comenta Yasunori Ogawa, presidente executivo da Epson, empresa global de impressão e projeção de imagens que lançou a pesquisa.

A geração COP

A geração COP é formada por pessoas que têm até 29 anos de idade. Desde seu nascimento, estiveram expostos a fenômenos climáticos cada vez mais extremos, portanto, possuem experiência e conhecimentos valiosos que poderiam ajudar a encontrar soluções eficazes para a mudança climática.

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planeta mão
Foto: Anne Nygard | Unsplash

Ainda que possam existir diferenças conforme a região, o Barômetro de Realidade Climática revela que, em nível mundial, a geração COP e a faixa etária de 35 a 44 anos são os mais otimistas em geral: quase metade deles (49%) acredita que vamos poder solucionar a crise climática no decorrer de sua vida. Pelo contrário, as faixas etárias de 45 a 54 anos e de 55 anos ou mais registram o menor nível de otimismo: 42% e 32%, respectivamente.

Os grupos que investiram no futuro, seja pessoalmente, seja através dos filhos, mostram um alto grau de otimismo na nossa capacidade de resolver a crise. Embora a geração COP seja a faixa etária mais otimista, o grupo mais otimista de todos (55%) é composto por pais de crianças menores de 18 anos, também conhecidos como os “Pai e Mãe” do mundo.

Não obstante, ao analisar mais profundamente esta comparação, não restam dúvidas de que o otimismo acarreta resultados diversos. Quando consultados sobre quais medidas climáticas positivas estão adotando, os membros da geração COP registram níveis mais baixos de ação do que a média mundial em 9 das 14 categorias, e níveis mais baixos de ação do que os Pai e Mãe em 12 das 14 categorias.

ações para combater crise climática
Fonte: Barômetro da Realidade Climática

Existem várias razões possíveis para isso. Enquanto a geração COP cresceu com a mudança climática e uma maior consciência sobre o meio ambiente, os grupos com maior idade podem reconhecer a volatilidade crescente com o tempo. Além disso, é interessante indicar que a geração COP considera que o “aumento dos preços” é um problema maior do que a “mudança climática”, o que sugere que a falta de opções sustentáveis que sejam economicamente acessíveis pode ser uma causa também.

Ação e inação climática 

Mesmo que muitas pessoas estejam tomando medidas para enfrentar a mudança climática, existem grupos de pesquisados que indicam que nunca vão agir em áreas importantes. Por exemplo, em nível mundial, 38% deles diminuíram as viagens internacionais a negócios e a lazer, ao passo que 30% planejam reduzir. No entanto, 17% das pessoas afirmam que nunca vão fazer isso.

A resistência a reduzir as viagens internacionais é consideravelmente maior em mercados como Singapura, Espanha e o Reino Unido (21%); Japão e os Países Baixos (22%); Canadá e Alemanha (23%); Austrália e Sérvia (26%); e Israel (31%). Por outro lado, menos pessoas de países como Coreia do Sul (9%), China (10%), Egito e Turquia (11%), e Marrocos e os Emirados Árabes Unidos (12%) dizem que nunca vão diminuir as viagens internacionais.

crise climática
Fonte: Barômetro de Realidade Climática

Em nível mundial, a resposta de “Nunca vou fazer” destaca-se também em áreas específicas tais como “diminuir o consumo de produtos de origem animal” (18%), “boicotar marcas que desrespeitam o meio ambiente” (15%) e “motivar amigos e familiares a se informarem sobre a crise climática” (10%).

A resistência à ação pode ser causada por múltiplos fatores, como a localização geográfica, a cultura e a economia, bem como a confiança na capacidade da humanidade para resolver o problema sem ter que tomar ações individuais.

A tecnologia como facilitadora de soluções

Segundo os entrevistados do Barômetro, a tecnologia é considerada uma ferramenta crucial no combate contra a mudança climática catastrófica. Quando foi perguntado para eles qual a medida mais importante que uma empresa poderia tomar para abordar o problema, 48% mencionaram o investimento em tecnologias ambientais como algo primordial, seguido de perto pelas melhorias na reciclagem e na reutilização de produtos (45%), pela redução no uso de recursos (28%), pela promoção da participação dos funcionários em atividades ambientais (21%) e pela compensação do impacto de carbono e plástico (21%), que completaram os cinco primeiros lugares.

recicláveis resíduos
Foto: Pixabay

Metodologia de pesquisa

O Barômetro de Realidade Climática é um estudo encomendado pela Epson há 3 anos. Em 2023, a pesquisa foi realizada pela Censuswide em uma amostra de 30.294 pesquisados maiores de 16 anos (ponderados por idade) em 39 mercados. Os dados foram coletados entre 13 e 25 de julho de 2023. A Censuswide emprega membros da Sociedade de Pesquisa de Mercados e observa o código de conduta daquela sociedade, que é baseado nos princípios da Sociedade Europeia para Pesquisa e Opinião de Mercado (ESOMAR).

“À medida que os impactos adversos aceleram-se, é crucial compreendermos as atitudes diante da mudança climática. A Epson está plenamente comprometida a atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13 das Nações Unidas através de ações climáticas positivas e a oferecer soluções que enriqueçam nossas vidas e construam um mundo melhor”, afirma Yasunori Ogawa, presidente executivo da Epson.

sobrecarga da terra
Foto: Ateme Alaie | Unsplash

geração COP