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Calculadora mensura custo da elevação dos mares

Plataforma on-line projeta perdas e danos às cidades costeiras causadas ​​pelo aumento do nível do mar

desastre climático
Foto: Kelly Sikkema | Unsplash

Um dos efeitos das mudanças climáticas já constatado pelo homem é o ritmo do aumento do nível do mar, que dobrou entre 2013 e 2022, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Para mostrar como esse fato pode impactar economicamente a sociedade nos próximos anos, uma equipe liderada pelo arquiteto Adrian Lahoud desenvolveu uma plataforma on-line e interativa que calcula quanto as cidades costeiras devem em reparações climáticas para compensar a destruição provocada pela elevação dos mares. 

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Second Sea é a calculadora que traz dados reais de 136 cidades de todo o mundo, incluindo territórios brasileiros como Santos, Recife e Rio de Janeiro. A plataforma traça o aumento do nível do mar esperado até o fim do século para cada localidade e gera uma “fatura” que mostra o custo estimado dos danos, além de discriminar proporcionalmente os valores que diferentes países em todo o mundo deveriam ter de pagar, com base em suas suas contribuições para as alterações climáticas sob a forma de emissões de CO2 .

O Second Sea procura estimular debates sobre o aspecto financeiro dos processos de reparação, ao mesmo tempo em que se baseia em modelos de elevação do nível do mar e em projeções de perdas e danos nas cidades costeiras. 

nivel do mar aquecimento global
Foto: Second Sea | Divulgação

O fato da plataforma ressaltar a responsabilidade dos países mais ricos é, de fato, importante, uma vez que, apesar de não ser um tema novo, a criação de um fundo financeiro para compensar o impacto climático às nações mais vulneráveis ainda gera muitos debates e foi adicionado à agenda formal da ONU somente na última COP.

“Apesar de trinta anos de discussão e numerosos compromissos, nenhuma ação significativa para abordar o financiamento climático foi realizada”, disse o criador da calculadora Adrian Lahoud ao site Dezeen. O Second Sea foi criado em colaboração com o diplomata sudanês Lumumba Di-Aping, o estúdio de design Accept & Proceed e o desenvolvedor Made by On – confira o resultado deste trabalho aqui.

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Entender as diversas consequências dos eventos climáticos intensos nem sempre é fácil, mas diversos profissionais têm se esforçado para traduzir os dados de formas mais palatáveis. Recentemente, por exemplo, a representação gráfica da temperatura média global ganhou um novo tom de vermelho. A atualização representa 2023 – o ano mais quente já registrado. É uma forma simples e clara de visualizar o aumento drástico das temperaturas ao longo das últimas décadas.

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Foto: Second Sea | Divulgação

 

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