- Publicidade -

Pesquisa mostra como ecossistema marinho na Antártida está ameaçado

Joseph Torres, cientista e biólogo da Universidade do Sul da Flórida, liderou uma expedição para a Antártida para estudar os efeitos das mudanças climáticas nos animais marinhos da região.

Joseph Torres, cientista e biólogo da Universidade do Sul da Flórida, liderou uma expedição para a Antártida para estudar os efeitos das mudanças climáticas nos animais marinhos da região.

- Publicidade -

A expedição contou com um grupo de cientistas em um barco quebra-gelo de 90 metros de extensão chamado Nathaniel B. Palmer.

Os resultados da pesquisa mostraram que o número de peixes prateados na região caiu 70% de 1975 à 2005.

A diminuição da espécie afeta principalmente a espécie de pinguins Adelie. Em 1975, 50% da alimentação dos pinguins era baseada no peixe prateado, mas, desde 1994 essa porcentagem caiu para apenas 1%.

Com as mudanças climáticas as temperaturas na Antártida já chegaram a aumentar até 5oC. Em épocas frias, o gelo surge antes do período normal e derrete antes da hora. Ainda assim, a equipe de Torres concluiu que mais ao sul, os peixes prateados são abundantes, porém possuem uma expectativa de vida 15 anos menor.

- Publicidade -

"Aos poucos todos os ecossistemas serão afetados pelo aquecimento global", afirmou Torres. Segundo ele, o problema não se limita a um aumento da temperatura ambiente, existem outras questões.

"Embora o peixe consiga lidar com outros tipos de temperatura, o aquecimento global muda completamente o seu estilo de vida e assim, sua sobrevivência não está garantida. Por exemplo, se pensarmos em nós, seres humanos, sabemos que estamos acostumados com a luz do dia e com a escuridão da noite, alguns dias são mais curtos do que outros, que a temperatura por vezes cai e por vezes sobe, etc… mas, se esses fatores mudarem bruscamente, você não trabalhará da mesma forma, e é ai que nós teremos problemas ", exemplifica Torres.

- Publicidade -