Aprenda como fazer horta em espiral
Além de bonito, este tipo de plantio permite cultivar diferentes espécies em pouco espaço.
Além de bonito, este tipo de plantio permite cultivar diferentes espécies em pouco espaço.
Fazer uma horta em espiral é unir o útil ao agradável. Além de esteticamente bonito, este tipo de plantio permite cultivar diferentes espécies em pouco espaço. Outra vantagem é que a ocorrência de ataques de “bichinhos indesejados” tende a ser menor – uma vez que é possível mesclar o cultivo com plantas repelentes.
Bastante utilizada no plantio de ervas, este tipo de horta reúne diversos benefícios e a estrutura é bem fácil de ser aplicada. Vamos ver abaixo como cultivá-la no quintal, mas antes de tudo alguns devem estar se perguntando “por que uma horta em espiral?”.
A espiral é um padrão bastante encontrado na natureza. Ao fazer canteiros nesse formato são criados “microclimas” onde as diferentes alturas da espiral atendem a distintas necessidades de água, luz e nutrientes de cada planta.
Enquanto no alto devem ser plantadas as espécies que gostam mais de calor e menos de água, na parte baixa devem ficar as que necessitam de maior umidade e sombra. Na área mediana, como você já deve imaginar, são cultivadas as plantas que apreciam condições intermediárias de luz, calor e umidade.
“Quando a água é derramada no topo de uma espiral em crescimento, a água escorre para as camadas inferiores, criando um habitat seco e ensolarado no topo. De uma ponta à outra da espiral, encontraremos diferentes tipos de habitats, graças à transição de habitats secos para úmidos”, explica Raúl Piqueras do blog Plantea.
Geralmente, a horta em espiral é construída com restos da construção civil. São exemplos: tijolos, pedras, telhas velhas, pedaços de madeira, troncos e até garrafas de vidro vazias.
Segundo o engenheiro agrônomo Ari Uriartt, o ideal é optar por “materiais que, durante o dia, absorvam e armazenem o calor do sol, e o liberem, à noite, para o solo, protegendo assim as plantas das fortes variações de temperatura”. Tais variações podem danificar plantas frágeis.
Será necessário também o solo e as mudas que deseja cultivar. Para preparar o solo, basta misturar um pouco de areia, terra e composto: tente colocar a mesma medida dos três.
O primeiro passo é escolher uma área de um ou dois metros de largura. O ideal é de 1 a 1,6 metros de diâmetro e entre 0,6 a 1,3 metros de altura. É importante que o espaço tenha bastante incidência solar.
Nivele o solo e coloque uma camada de papelão onde será montada a espiral. Isso ajudará a manter a umidade.
Escolhido o local, desenhe a espiral, delimitando os espaços. Após fazer o desenho no chão, monte a estrutura empilhando o material escolhido (tijolos, pedras, etc.)
Com a estrutura pronta, comece a despejar o solo e, em seguida, plante as sementes ou mudas que deseja. A partir daí vem o cuidado para manter suas plantas bonitas e saudáveis. Isso inclui podá-las quando necessário.
Importante: Não se preocupe com vãos na espiral, eles serão abrigos para pequenos predadores e polinizadores: essenciais para um ecossistema saudável.
Alecrim – Rosmarinus officinalis – sol pleno
Cebolinha – Allium schoenoprasum – sol pleno
Confrei – Symphytum officinale – sol pleno
Erva-doce – Foeniculum vulgare – sol pleno
Manjericão-da-folha-pequena – Ocimum ssp – sol pleno
Manjerona – Origanum majorana – sol pleno
Melissa – Melissa officinalis – sol pleno
Pimentas diversas – Capsicum ssp. – sol pleno
Salsa – Petroselin crispan – sol pleno
Sálvia – Salvia officinalis – sol pleno
Estragão – Artemisia dracunculus – meia-sombra e solo seco
Losna – Artemisia absinthium – meia-sombra e solo seco
Carqueja – Baccharis trimera – meia-sombra e solo úmido
Cavalinha – Equisetum ssp. – meia-sombra e solo úmido
Coentro – Coriandrum sativum – meia-sombra e solo úmido
Hortelã – Mentha spp. – meia-sombra e solo úmido
Milefólio ou mil-folhas – Achillea millefolium – meia-sombra e solo úmido
Poejo – Mentha pulegium – meia-sombra e solo úmido
Capuchinha – Tropaeolum majus – pleno sol e solo úmido
Manjericão-da-folha-larga – Ocimum basilicum – pleno sol e solo úmido
Agrião-da-água – Rorippa nasturtium-aquaticum – pleno sol no solo dentro da água
As dicas aqui reunidas foram retiradas da cartilha Projeto Casa Saudável, do blog espanhol Plantea e do engenheiro agrônomo Ari Uriartt da Emater do Rio Grande do Sul.