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oscar estatueta yanomami
Imagem: Divulgação

Em janeiro deste ano, imagens e informações sobre a tragédia vivida pelo povo Yanomami chocaram o Brasil e o mundo. A reportagem do portal Sumaúma, escrita por Eliane Brum, Ana Maria Machado e Talita Bedinelli, revelou dados desoladores sobre a situação dos indígenas que vivem na maior Terra Indígena demarcada do Brasil. E esta história vai estar no Oscar.

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Para chamar a atenção para o garimpo ilegal nas Terras Indígenas, atividade diretamente ligada à crise humanitária dos Yanomami, uma versão alternativa à estatueta de ouro vai ser entregue  para os vencedores do Oscar este ano, após a premiação oficial.

Sem usar o ouro como matéria prima, o objeto tem o formato da divindade Omama, guerreiro, criador e protetor da Amazônia e do povo Yanomami.

oscar estatueta yanomami
Foto: Reprodução YouTube | The Cost Of Gold

A ação começa antes da premiação e vai envolver vinte celebridades indicadas ao Oscar que vão receber, pelas redes sociais, um recado em vídeo do líder da Urihi Associação Yanomami, Junior Hekurari Yanomami. “Na sua cultura, ouro significa sucesso. Para o meu povo, para a floresta e as criaturas que ainda restam na Amazônia, significa morte e destruição”, alerta o líder.

O vídeo segue mostrando o impacto do garimpo ilegal para os indígenas e para a florestas, ressaltando o poder que estas pessoas têm para mudar esta realidade. “Ao carregar o ouro nas suas mãos e no seu pescoço nos próximos dias, você também tem a oportunidade de se posicionar em frente a milhões de pessoas e pedir para o mundo o fim do garimpo ilegal”, explica Júnior.

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oscar estatueta yanomami
Foto: Reprodução YouTube | The Cost Of Gold

Entre as estrelas que a ação pretende impactar estão Angela Bassett, Jamie Lee Curtis, Kerry Condon, Stephanie Hsu, Hong Chau, Brendan Gleeson, Judd Hirsch, Brian Tyree Henry, Barry Keoghan, Ke Huy Quan, Brendan Fraser, Colin Farrell, Austin Butler, Bill Nighy, Paul Mescal, Andrea Riseborough, Cate Blanchett, Michelle Willias, Ana de Armas e Michelle Yeoh.

Confira AQUI o vídeo.

A ação inclui ainda uma calculadora digital, que mostra o impacto social e natural de cada grama de ouro ilegal para a Floresta Amazônica e o povo Yanomami.

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Garimpo Amazônia
Área de garimpo conhecido como “Tatuzão” na Terra Indígena Yanomami. Foto: Bruno Kelly | Amazônia Real

Em 2021, 54% do ouro comercializado no Brasil tinha indícios de ilegalidade em sua origem. Nos últimos anos, a exploração ilegal se intensificou nas terras indígenas Yanomami, causando a contaminação de rios e peixes por mercúrio, desmatamento da floresta e forte impacto social sobre a população indígena, o que levou a uma tragédia humanitária, ignorada pelas autoridades até recentemente.

“Todos os participantes dessa premiação podem e já ajudaram muitas vezes a moldar o comportamento do mundo. Eles precisam saber qual é o custo real do ouro ilegal e ajudar a espalhar essa mensagem, para que possamos ver mudanças”, completa o líder Yanomami.

Para mais informações sobre o projeto, visite thecostofgold.com.