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Seattle ganha 32 quilômetros de ruas para pedestres e ciclistas

Medidas adotadas durante a pandemia vão ser mantidas para garantir a qualidade do ar na cidade

projetos bicicleta
Foto: Taylor Vick | Unsplash

Em entrevista ao jornal The Seattle Times, o diretor do Departamento de Trânsito de Seattle, Sam Zimbabwe reconhece que as soluções apresentadas para os desafios impostos pelo COVID-19 transformaram para melhor vários pontos da cidade. “Algumas das medidas adotadas durante a pandemia vão se tornar permanentes e vamos precisar seguir com a construção de uma sistema de transporte que garanta a oportunidade de que todos andem ou pedalem pelas vias da cidade, independente do seu grau de habilidade ou idade”.

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No atual cenário, os moradores da cidade americana passaram a valorizar ainda mais os exercícios físicos como uma maneira de cuidar da saúde. O programa Stay Healthy Streets, algo como “ruas para ficar saudável” em português, fechou permanentemente 32 quilômetros de vias pública s para incentivar as pessoas a caminharem, pedalarem, correrem, andarem de skate e patins.

Foto: Erika Fletcher | Unsplash

Além disso, a prefeitura anunciou que tem planos para aumentar as ciclovias e a infraestrutura para as bikes na cidade. “Estamos em  uma maratona na luta contra a pandemia, é um compromisso a longo prazo. Enquanto estamos trabalhando nas mudanças que vão garantir nossa saúde, precisamos pensar em fazer isso de maneira sustentável, para que Seattle seja uma cidade melhor depois que tudo passar”, explica a prefeita Jenny Durkan.

“Ruas seguras e que ajudem a manter a saúde da população são ferramentas extremamente importantes para que as famílias possam circular pela vizinhança, se exercitem e aproveitem o ar livre. Em algum tempo, estas ruas vão se transformar em um patrimônio valioso para a comunidade”, finaliza a prefeita.

Rotas para serviços essenciais

O Departamento de transporte usou como critérios para a escolha de ruas exclusivas para pedestres a falta de espaços abertos e baixa taxa de proprietários de carros nas regiões escolhidas e o fato de que as vias são boas rotas de acesso a serviços essenciais e serviços de delivery.

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Alguns veículos vão poder circular nestas ruas, mas eles estarão restritos aos serviços de correio, coleta de lixo e material reciclável e emergências, como ambulâncias.

Com a decisão de fechar a circulação de carros nestas vias, toda a sinalização de trânsito vai ser alterada e a prefeitura deve gastar até US$ 200 mil com a construção de barreiras e instalação de novas placas.

A circulação de veículos caiu em 57% na cidade desde que foram adotadas as medidas de isolamento social. O objetivo é que com estes 32 quilômetros de vias exclusivas para pedestres e ciclistas, a quantidade de carros circulando seja menor do que era antes da pandemia, mesmo com o fim da quarentena. Se isso acontecer, os índices de poluição do ar também vão ser definitivamente menores.

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Foto: Ben Mater | Unsplash