Campinas pode zerar poluentes do transporte público com nova licitação
População pode pressionar poder público por meio de plataforma online.
População pode pressionar poder público por meio de plataforma online.
A organização Minha Campinas protocolou na prefeitura de Campinas um documento com recomendações prévias para o processo de licitação do transporte público da cidade. A iniciativa visa contribuir para a redução dos poluentes emitidos pelos ônibus, que em sua maior parte ainda utilizam combustíveis fósseis como o diesel, que é a principal fonte dos elementos que levam à morte das pessoas.
Além do documento protocolado, na última quarta-feira (13), a organização disponibilizou uma plataforma na qual a população pode participar enviando um email direto para o gabinete do prefeito com o pedido para que os poluentes do ar de Campinas sejam reduzidos. Basta acessar este site.
Campinas está entre as 13 cidades paulistas que estão com a poluição do ar acima do padrão estabelecido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os dados são do Instituto Saúde e Sustentabilidade, que em 2011 constatou que o número de mortes atribuíveis à poluição no município era de 350 casos anuais, o que equivale a quase uma morte por dia.
Recentemente, em audiência pública realizada na câmara municipal, o Secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, apresentou sua proposta para a licitação de ônibus municipais de Campinas. Ela prevê apenas a criação de uma área de aproximadamente 3 km² no centro da cidade onde vão circular somente ônibus não poluentes. No entanto, essa iniciativa é insuficiente para evitar mortes por conta da poluição, já que a cidade conta com uma frota extensa movida a diesel, com cerca de 1.220 veículos.
Para Cláudia Oliveira, integrante do Minha Campinas, o momento requer discussão e planejamento claro. “Esta é a hora da população discutir o plano da prefeitura que prevê um contrato de concessão de 15 anos. Precisamos definir um cronograma de redução de poluentes na licitação de ônibus, como já acontece em São Paulo e em Santo André”, afirma.
No documento protocolado, a organização sugere: