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Casa na praia mantém frescor natural usando técnicas passivas

Estruturas pré-fabricadas da residência têm como inspiração as tradicionais cabanas de pescadores.

Um projeto residencial na vila costeira de Comporta, em Portugal, é mais uma prova de que investir em sustentabilidade gera bons resultados que vão além dos ambientais. Apostando em estratégias solares passivas e isolamento eficiente, o Studio 3A projetou um casa protegida do intenso calor do verão e até dos mosquitos, que são abundantes na região.

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Lugar de areia branca e mar azul de águas gélidas, o vilarejo português de Comporta está na região do Alentejo. Como um destino de férias, o projeto inicial era criar somente uma cabana com 12m² divididos entre quarto e banheiro, apelidada pelos arquitetos de “módulo íntimo”. Entretanto, o projeto final levou ao desenvolvimento de uma área social e ainda uma garagem.

Uma demanda do cliente era por agilidade, então, em parceria com o estúdio de design Mima Housing, foram criadas estruturas pré-fabricadas. Além da rapidez do método construtivo, a escolha também teve como inspiração as tradicionais cabanas de pescadores comuns na região, que são rápidas e fáceis de montar.

Menos calor, por favor

Foram implementadas várias estratégias ​​para reduzir a sensação de calor, como saliências em frente às janelas principais, instalação de janelas de vidro de baixa emissividade, que impedem a transferência térmica entre dois ambientes, e até um sistema de sombreamento solar tensionado entre os módulos da cabana.

O ganho de calor também é controlado com um sistema de persiana duplo. Uma, no interior da casa, reduz a entrada de calor sem inibir a luz natural e a outra, no exterior, faz o bloqueio completo, inclusive, protegendo a casa da invasão de mosquitos. Também o cimento escuro do pavimento foi pensado pela sua capacidade de absorver e armazenar calor nas horas quentes do dia e depois liberá-lo de forma lenta, nos períodos mais frios -, geralmente à noite.

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Fotos: Nelson Garrido

A posição estratégica da cabana leva em consideração a orientação solar e acesso a brisas refrescantes. Seu entorno é revestido com madeira carbonizada: uma técnica antiga japonesa, chamada Shou Sugi Ban, que, além da estética, serve para proteger o material de insetos e umidade. Por fim, painéis fotovoltaicos e bombas de calor ajudam a aquecer o lar nos dias de inverno.

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