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As obras mais sustentáveis do mundo

A pedido da revista Téchne, especializada em engenharia, dois especialistas elencaram algumas das obras consideradas mais sustentáveis do mundo, pois apresentam sistemas eficientes e foram construídos com matérias-primas renováveis.

A pedido da revista Téchne, especializada em engenharia, dois especialistas elencaram algumas das obras consideradas mais sustentáveis do mundo, pois apresentam sistemas eficientes e foram construídos com matérias-primas renováveis.

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Veja abaixo alguma das construções escolhidas por Marcos Casado, engenheiro e gerente Técnico do GBC Brasil; e por Vanderley M. John, professor de desenvolvimento sustentável e reciclagem de resíduos da USP. (confira as imagens em nossa galeria ao lado)

Bank of America Tower, One Bryant Park – Nova York, EUA

Foi o primeiro edifício do mundo a receber o selo de certificação ambiental LEED Platinum (Leadership in Energy and Environmental Design), do U.S Green Building Council, instituição responsável pela certificação. O projeto, concebido pelo escritório de arquitetura Cook+Fox e construído pela Tishman Construction Corporation, é considerado uma das arquiteturas mais eficientes do mundo.

O projeto da torre de escritórios, que foi concluído em 2009, custou US$ 1 bilhão e tem 54 andares, 365 m de altura e 196 mil m² de área. A maior parte das matérias-primas utilizadas em sua construção é proveniente de fontes recicláveis e renováveis, todas obtidas a no máximo 500 km de New York. A Tishman orientou os trabalhadores sobre os métodos de seleção de materiais e construção adequados.

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Durante a obra, a empresa implementou a qualidade de ar interior, garantindo ar fresco e ventilação no edifício para os operários em todas as etapas da obra, e para os atuais usuários do prédio.

O concreto foi composto por 45% de escória (subproduto dos alto fornos), e 55% de cimento. A redução do uso do cimento se justifica, pois na produção do material é emitido muito CO2. Para economizar energia elétrica, os interiores foram todos projetados para serem iluminados naturalmente, graças à transparência do vidro e de seu isolamento. Além disso, parte da água utilizada, era água pluvial reaproveitada.

Council House 2 – Melbourne, Austrália

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Conhecido como CH2, o edifício australiano foi o primeiro a receber a classificação Seis Estrelas no Green Building Council da Austrália. Com um custo de AU$ 50 milhões, o CH2 foi projetado pelo escritório de arquitetura Mick Pearce com o Design Inc.

Finalizada em 2006, a construção de 12.536 m² e dez pavimentos, recebeu a certificação por possuir esfriamento de massa térmica, células fotovoltaicas, turbinas eólicas, reciclagem de esgoto, tetos refrigerados e venezianas de madeira reciclada. A prefeitura estima que o investimento seja compensado em torno de dez anos.

O edifício trata o esgoto da rua e reaproveita a água proveniente dele para ser utilizada no edifício. Além disso, ele possui um sistema de tubulação, que mantém a temperatura do local sempre equilibrada.

30 The Bond, Sydney, Austrália

O edifício projetado pela PTW Architects, Wittaker Hadenham Openshaw e Bovis Lend Lease, surgiu com um design que enfatiza o ambiente interno, a melhor gestão da água, de resíduos e de redução na emissão de poluentes. A obra foi construída sobre o antigo gasômetro local, por esse motivo o terreno que teve que ser recuperado.

Emitindo 20% menos poluentes do que a média, a obra alcançou cinco estrelas no Green Star and Building Greenhouse Rating Scheme (ABGR), por utilizar ventilação natural, feixes de refrigeração passiva, fachadas sombreáveis, cobertura ajardinada com plantas resistentes à seca.

BMW Welt – Munique, Alemanha

Localizado em Munique, o edifício é um exemplo de que a engenharia alemã é uma das melhores do mundo. Com 73 mil m² e 47,88 m de largura, a praça com forma de duplo cone, que fornece suporte para a cobertura, é o destaque do projeto, que foi assinado por Coop Himmelb (I) para o BMW Group e finalizado em 2007.

O edifício é abastecido por placas fotovoltaicas instaladas na cobertura e produzem cerca de 824 kW; e por uma rede de painéis de aço que capta o calor e o conduz para a fachada de aço e vidro, ajudando no condicionamento do ar interno do edifício.

Há uma espécie de túnel espiralado dento do cone, que incentiva a ventilação natural, através de aberturas controladas automaticamente.

Clinton Presidential Library, Little Rock, Arkansas, Estados Unidos

O edifício projetado por Polshek Partnership e finalizado em 2004, abriga um museu e biblioteca em 1.900 m². Considerado uma das construções mais verdes do mundo, recebeu certificações LEED Sylver e Platinum.

Um dos destaques da obra é a cobertura verde – onde também há painéis solares. Além da maior capacidade de reciclagem, limpeza verde, redução do desperdício através do abastecimento local e compensação de carbono de toda a energia renovável não utilizada. Além disso, todo o piso do prédio é feito de pneu reciclado.

Com informações da PiniWeb