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Índios da etnia suruí entram no mercado de carbono para preservar suas terras

A reserva indígena “Sete de setembro”, da etnia suruí, localizada na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, entrou no mercado de carbono. Os índios começaram a investir na venda de créditos para conseguirem conservar a região em que vivem.

A reserva indígena “Sete de setembro”, da etnia suruí, localizada na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, entrou no mercado de carbono. Os índios começaram a investir na venda de créditos para conseguir conservar a região em que vivem.

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A compensação ambiental é feita por uma pessoa ou grupo, no caso os próprios índios, que recebem uma quantia em dinheiro de uma empresa, presente em qualquer parte do mundo, da qual emitem carbono na atmosfera por meio de suas atividades, em troca da preservação ambiental.

Como forma de divulgação de seu trabalho na área de preservação, os suruís utilizam como ferramenta a internet. Para isso foi-lhes dado seis aparelhos celulares com sistema localizador GPS, dos quais devem ser carregados pelos índios enquanto caminham pela floresta. Através de um sistema criado pelo Google, os usuários do mundo inteiro podem fazer um tour pela floresta e ver o que os índios estão fazendo. Os criadores do sistema reproduziram no computador tudo o que tem na reserva. Com outra ferramenta, os índios fazem o levantamento da biomassa.

“Avançou bastante nosso trabalho relativo à biomassa. A tecnologia está ajudando bastante ao trabalho relativo ao campo. A gente pensou que ia levar mais tempo”, diz Naraymi Suruí, coordenador do projeto.

Com esta ferramenta, é possível vender créditos de carbono para financiar seus projetos sociais e ambientais. Os recursos recebidos vão para o Fundo Carbono Suruí e técnicos do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesan) fazem o acompanhamento do processo.

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O projeto denominado “Carbono Suruí” faz a compensação ambiental de duas maneiras: sequestro de carbono, feito através do reflorestamento, e desmatamento evitado, conservando os estoques de carbono através da redução do desmatamento.

“Eles aprenderam muito rápido. Pegaram muito rápido a forma de utilizar o aparelho”, disse Heberton Barros, engenheiro florestal do Idesam.

O projeto começou a ser desenvolvido há quatro anos, com o reflorestamento. Ao mostrar a floresta para o mundo os índios podem divulgar o que estão fazendo para conservar a reserva e o fundo pode ser usado para tal finalidade e ajudar ainda mais os indígenas nesta missão. Com informações da Globo Amazônia.

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[VIDEO:projeto_carbono_surui]

Redação CicloVivo

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