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Humanos representam 0.01% da vida no planeta, revela estudo

Publicação reúne uma série de dados que possibilitam uma análise inédita para compreensão da distribuição de vida na Terra.

caminhas na cidade
Pedestres no cruzamento Shibuya, em Tóquio. Foto: iStock

A avaliação chamada “A distribuição da biomassa na Terra” publicada na última segunda feira, 21, contabilizou os seres vivos do planeta. O estudo considerou uma escala geral de plantas, bactérias e outros tipos de vida e revelou que estes elementos representam respectivamente 82%,13% e 5% da vida na Terra. Nessa distribuição, os seres humanos e todos os animais se encaixam na última categoria. Foi contabilizado também que 86% de todos os seres vivos são encontrados em terra, enquanto 13% são bactérias em profundidade sub-superficiais e apenas 1% da vida do planeta se encontra nos oceanos.

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O mais marcante no resultado da avaliação, no entanto, é a porcentagem que representa os seres humanos. Os 7,6 bilhões de pessoas somam 0.01% de todas as coisas vivas. Em comparação, há três vezes mais vírus e três vezes mais vermes, 12 vezes mais peixes, 17 vezes mais insetos, aranhas e crustáceos, 200 vezes mais fungos, 1,200 vezes mais bactérias e 7,500 vezes mais plantas no mundo do que seres humanos.

Levando em conta a atividade pecuária desenvolvida por nós, seres humanos, ao longo dos séculos, foram contabilizados os números de mamíferos existentes hoje na Terra criados sob esse sistema, e também os animais que vivem em liberdade, e mais uma vez os números surpreendem. Os responsáveis pela avaliação concluíram que 60% dos mamíferos vivem em ambientes de desenvolvimento de pecuária e somente 4% são animais selvagem. Os 36% restantes representam os seres humanos.

O ser humano e outras vidas

O estudo assinado por Yinon M. Bar-On, Rob Phillips e Ron Milo é inédito em apresentar números que podem, por exemplo, comparar a escala de vida humana com a de vírus existentes na superfície do planeta. Outra comparação possível de ser feita com a avaliação é de impacto da existência humana para a vida de outros mamíferos. Desde a aurora do homo sapiens, 83% dos mamíferos selvagem desapareceram da face do planeta, assim como 80% dos mamíferos marinhos, 50% de plantas e 15% de peixes.

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Se pensarmos que nunca houve tantos humanos vivos como há hoje, considerarmos o número de animais criados para usufruto e alimentação da espécie humana e a quantidade de vida selvagem no planeta atualmente, chegamos a um cenário alarmante. O impacto do ser humano na natureza ainda é imenso e com a publicação deste estudo talvez haja uma melhor compreensão sobre a biomassa total no mundo e os componentes da natureza.

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