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Gaúchos impedem que projeto a favor do uso de agrotóxicos seja votado

O uso de agrotóxicos é cada vez menos tolerado pela população. Prova disso, é que um projeto que poderia retroceder a luta pela redução dessas substâncias no Rio Grande do Sul foi rejeitado, após pressão nas redes sociais.

O uso de agrotóxicos é cada vez menos tolerado pela população. Prova disso, é que um projeto que poderia retroceder a luta pela redução dessas substâncias no Rio Grande do Sul foi rejeitado, após pressão nas redes sociais.

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A proposta do deputado Ronaldo Santini abre uma brecha na lei sobre o uso de agrotóxicos, que foi aprovada no Estado há quase 30 anos. A alegação é que a emenda serviria para “corrigir uma incorreção da lei gaúcha, que tem causado sérios problemas à agricultura do Estado”, afirma a proposta.

O deputado ainda tentou se justificar lembrando que o produto é liberado nos outros Estados, e que, consequentemente, perdem em competitividade na produção agrícola. Entretanto, a repercussão do tema foi tão negativa que ele mesmo retirou a proposta da pauta da votação.

A pressão veio de associações e entidades de defesa do ambiente e impediu que o projeto fosse votado. “Não é uma causa minha, não é um tema que eu seja um apaixonado. Vou retirar da pauta e pronto. Deixa para lá este assunto”, enfatizou.

A ideia da proposta surgiu após uma conversa com os deputados federais gaúchos Renato Molling (PP) e Paulo Pimenta (PT). “Quando era líder da bancada gaúcha no Congresso, ano passado, recebi a reivindicação de cooperativas e representantes de revendedoras de agroquímicos, pedindo para que a lei fosse adequada com a de todo o país”, afirma Pimenta.

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A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) foi a primeira a se manifestar. A entidade enviou uma carta assumindo sua posição contrária e ainda questionou os interesses dos parlamentares sobre a proposta.

O movimento chegou às redes sociais. Pela internet, foi aberta a discussão sobre o tema, e, através do mundo virtual, as reivindicações tomaram grandes proporções, mobilizando pessoas a organizarem petições e protestos nas ruas.

No Rio de Janeiro, a intolerância quanto ao uso de agrotóxicos também deu origem a um protesto. Na última terça-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, a ONG ActionAid realizou uma manifestação com ativistas fantasiados e a encenação do conto de fadas da Branca de Neve. No caso, a “mocinha”  desmaia após comer a maçã envenenada oferecida pela "rainha má do agronegócio".

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 Realizado na Praia de Copacabana, o protesto reivindicou mais investimentos em agroecologia e o fim do uso de agrotóxicos na produção agrícola. Com informações do Jornal Zero Hora e G1.

Redação CicloVivo