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Crocodilos cubanos correm risco de extinção por cruzamento com outras espécies

O acasalamento entre crocodilos cubanos e crocodilos americanos estão criando descendentes híbridos que ameaçam a sobrevivência da espécie, que já caiu para cerca de quatro mil animais silvestres em dois pântanos isolados de Cuba.

O acasalamento entre crocodilos cubanos e crocodilos americanos estão criando descendentes híbridos que ameaçam a sobrevivência da espécie, que já caiu para cerca de quatro mil animais silvestres em dois pântanos isolados de Cuba. O réptil de três metros de comprimento está listado pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) como criticamente em perigo. 

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"Isso significa que qualquer perda de animais, seja ela perda de fato ou perda através de hibridação é uma grande preocupação", disse John G. Robinson, vice-presidente executivo para a conservação e ciência da Wildlife Conservation Society. 

Os crocodilos americanos, que são encontrados em todo o Caribe, não são considerados ameaçados pela IUCN. Esses animais têm se mudado cada vez mais para o habitat do crocodilo cubano de água doce remanescentes, que se torna mais salobra ou salgada, devido às atividades agrícolas, explicou Robinson, que não estava envolvido na pesquisa. 

O crocodilo cubano é o mais terrestre dos crocodilos – que andam ao invés de gingar em suas barrigas como outras espécies de crocodilo, conforme acrescentado pelo executivo. 

Para o estudo, o grupo de cientistas liderado por Yoamel Milián-García, da Universidade de Havana, recolheram amostras de DNA de 89 crocodilos selvagens capturados e de dois crocodilos criados em cativeiro. 

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Os resultados mostraram que os crocodilos americanos que vivem em Cuba estão mais estreitamente relacionados com crocodilos-cubanos do que às outras populações de crocodilo-americanos na América Central. 

Isto sugere que as espécies norte-americanas e cubanas estão acasalando muito mais do que se pensava. Quando espécies diferentes se encontram, criam-se híbridos, os genes se misturam, e eventualmente, uma linhagem pode causar a extinção de outra. 

Os cientistas não terminaram os estudos comportamentais para descobrir se os híbridos são mais fortes ou mais agressivos, outra possível consequência do cruzamento das espécies. 

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Robinson acredita que o estudo "vai ser uma chamada" para os conservacionistas em Cuba, que já fizeram um grande esforço para proteger o pântano Zapata com cerca de três mil crocodilos cubanos. 

Uma estratégia óbvia, segundo ele, seria restaurar o fluxo de água fresca para os pântanos, o que tornaria o habitat menos palatável para o crocodilo americano. 

A pesquisa do crocodílo híbrido cubano-americano foi publicada na última edição da revista Journal of Zoology Experimental

Redação CicloVivo

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