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Cidade nos EUA vai transformar terrenos inutilizados em santuários de abelhas

A cidade irá destinar 1.000 acres para a preservação dos polinizadores.

Não é segredo que as populações de abelhas têm diminuído nos últimos anos. Segundo a organização Bee Informed, apicultores norte-americanos notaram o desaparecimento de 44% de suas colônias somente entre o ano de 2015 para 2016.

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São inúmeras as causas do declínio das abelhas nos dias de hoje, como a exposição a uma variedade de pesticidas, ataques de fungos e parasitas, o aumento da temperatura no ambiente e, principalmente, a destruição da vegetação nativa devido ao excesso da monocultura.

A cidade norte-americana Cedar Rapids, no estado de Iowa, decidiu destinar 1.000 acres (cerca de 4 km2) de espaços públicos abertos à preservação das abelhas. Já neste ano, começaram a semear 188 acres com gramíneas nativas e flores silvestres. A iniciativa está sendo feita com financiamento do estado e do Projeto de Pesquisa Monarch, uma organização dedicada a restaurar as populações de borboletas monarca e habitats polinizadores.

Cedar Rapids não irá converter terra de outros fins para o projeto. Ao invés disso, eles vão simplesmente utilizar terras públicas da cidade que estão atualmente inutilizadas, semeando-as com 39 espécies de flores silvestres nativas e sete espécies de grama nativa. As flores atrairão abelhas e borboletas, enquanto as gramas manterão fora do local ervas daninhas nocivas de invadir a área. Alguns dos espaços que estão sendo usados para a iniciativa incluem cantos distantes de parques públicos, campos de golfe, áreas abertas perto do aeroporto local, beira de córregos, bacias de retenção de água e espaços verdes ao longo das estradas.

O projeto foi proposto por Daniel Gibbons, o Superintendente de Parques de Cedar Rapids. De acordo com Gibbons, nos últimos 100 anos, o boom da agricultura de Iowa resultou em uma perda incrível de 99,9% dos habitats nativos do estado. A conversão dessas áreas públicas não usadas de volta ao estado original não ajudarão somente as abelhas, mas também pássaros, anfíbios, répteis e mamíferos que dependem da vegetação nativa.

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A conversão desses espaços de volta para pradaria nativa não vai ser um processo simples. Agora, muitos deles são sufocados com vegetação indesejável. As plantas invasoras presentes nessas áreas precisam ser cortadas e queimadas para que a mistura de sementes nativas possa ser plantada.

Redação CicloVivo

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