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Enquanto as florestas amazônicas pegam fogo reina a sensação de impotência. Como os maus exemplos circulam mais facilmente do que os bons exemplos, destacamos abaixo iniciativas que podem servir de inspiração para a movimentação individual e coletiva em prol do futuro das nossas florestas. 

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Entender a complexidade

Parece fácil dar opiniões sobre o que acontece nos estados amazônicos, mas a dinâmica é muito mais complexa do que parece e envolve muitos agentes. É preciso se informar, buscar fontes confiáveis: conhecer mais e supor menos. Isso pode ser feito sozinho ou coletivamente por meio de clubes de leitura e grupos de discussões. Nas redes sociais, busque acompanhar a opinião de especialistas – não só dos amigos – e também aprofunde tudo que não fizer sentido para você no primeiro momento. Leituras, documentários e até séries ficcionais podem ajudar nesse processo. 

Nesta semana, por exemplo, a série Aruanas está disponível gratuitamente no Globoplay. Em uma coprodução da Globo e Maria Farinha Filmes, a trama traz os impasses de uma ONG contra o garimpo ilegal na floresta Amazônica. Protagonizada pelas atrizes Débora Falabella, Leandra Leal e Tais Araújo, a produção tem grande parte das cenas gravadas na Amazônia e é uma boa pedida para o fim de semana.

Outra produção interessante produzida pela Maria Farinha Filmes é o documentário Waapa, que conta a relação entre infância e natureza do povo Yudjá vivendo nas margens do Rio Xingu. Também pode ser o bom início para entender as nuances do que se passa em nosso imenso país.

Agora, você sabia que a Amazônia tem hoje 85 milhões de cabeças de gado? Para entender melhor essa história de florestas virando pasto, é possível conferir o ebook “Sob a pata do boi” também disponível gratuitamente. O documento reúne uma série de reportagens que busca explicar o complexo sistema instalado na região.

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Divulgar o Código da Consciência

Em colaboração com ONGs e empresas ao redor do mundo, foi lançado um software que limita o uso de veículos pesados em áreas protegidas. Trata-se de um código que usa os dados do World Database on Protected Areas, da ONU e, por meio do GPS, o sistema detecta quando as máquinas entram em uma área onde não deveriam estar. Ao entrar ilegalmente em uma área protegida, o motorista recebe uma notificação. Se continuar avançando, a máquina pode ser desativada. 

E o que podemos fazer? Como cidadãos, podemos marcar empresas, fabricantes e governos nas redes sociais para que adotem o #CodeofConscience. Para entender melhor esse projeto, acesse o site do Code of Conscience – um vídeo é apresentado por ninguém menos que o Cacique Raoni Metuktire.

Conhecer as recomendações do MPF

O Ministério Público Federal lançou, na última quarta-feira (4), uma série de recomendações ao Ministério do Meio Ambiente para que aja imediatamente contra o desmatamento e as queimadas. Os pontos levantados ajudam a entender alguns dos problemas que o Brasil precisa enfrentar. Confira um trecho abaixo:

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“As medidas elencadas no documento incluem operações de retirada e apreensão de gado em área de desmatamento ilegal, implementação de logística para as atividades fiscalizatórias na destinação de produtos originários de áreas desmatadas ou embargadas, realização de auditorias e fiscalização mais rígida em planos de manejo florestal. A recomendação pede aumento da fiscalização em empresas frigoríficas e a apresentação de dados técnicos que comprovem a alegada inexatidão das informações científicas produzidas pelo Inpe. O MPF recomenda que não seja contratado outro sistema de monitoramento, sob pena de violação dos princípios da economicidade e da razoabilidade. Pede ainda a realização de operações de combate à inserção fraudulenta de créditos em sistema e procedimentos de lavratura de auto de infração e embargos automatizados.

O documento ainda enumera denúncias de assédio moral e fatos que revelam o sucateamento dos órgãos ambientais. Veja na íntegra as medidas do MPF.

Fortalecer o coletivo

Já dizia Chico Science: “Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar”. Parece frase de autoajuda, mas pode ser visto de um prisma mais interessante. Às vezes, é preciso articular pequenas ações, criar bagagem, juntar pessoas com objetivos comuns para, só depois, alcançar grandes feitos que possam causar mudanças reais. No dia 20 de setembro, por exemplo, haverá a Greve Global pelo Clima – jovens de todo o mundo estão convocando os adultos para se unirem à causa. 

Além disso, busque conhecer o trabalho realizado de forma autônoma por coletivos de permacultura, grupos indígenas e associações socioambientais. Sempre que possível, consuma de pequenos agricultores e dê prioridade à produção local.