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Tailândia inaugura maior usina hídrica e solar do mundo

Entre as vantagens, sistema aumenta a eficiência de painéis e reduz a evaporação da água.

usina flutuante
Foto: EGAT

Uma grande fazenda solar flutuante começou a operar na Tailândia. As células solares foram instaladas na superfície da água para aproveitar a energia do sol durante o dia, enquanto três turbinas convertem a energia das águas à noite.

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O sistema combina dois tipos de geração de eletricidade renovável no reservatório de Sirindhorn, na província de Ubon Ratchathani, localizado a cerca de 660 quilômetros da capital Bangkok. Foram instalados 145 mil painéis solares no total. Os 45 MW de potência de pico que o projeto pode produzir complementam as operações de barragem existentes, que podem gerar 36 MW adicionais e fornecer eletricidade a três províncias no leste da Tailândia.

Em tamanho, a usina equivale a cerca de 70 campos de futebol, sendo maior do que a de Singapura, que o CicloVivo trouxe em julho de 2021, cuja extensão é de 45 hectares. Mais do que isso: trata-se do maior sistema de energia híbrida do mundo.

Benefícios

A empresa estatal Autoridade de Geração de Eletricidade da Tailândia (EGAT, na sigla em inglês) lista algumas vantagens da nova usina. Entre elas, o baixo custo em comparação à sua capacidade de geração de energia, a economia em relação aos custos da terra – gasto necessário nas usinas solares tradicionais – além do uso da infraestrutura energética já existente. Ambos compartilham as mesmas linhas de transmissão e transformadores. Desta forma, há também o aproveitamento máximo do espaço e dos recursos.

Para a EGAT, o projeto não causa impactos negativos para a sociedade e o meio ambiente. “Não afeta a área de agricultura, a rota de barco da comunidade e as atividades da vida diária dos habitantes locais”. Os painéis solares selecionados, de vidro duplo, são adequados para instalação na superfície da água, sendo altamente resistentes à umidade e não contaminantes.

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Outro fator positivo de instalar painéis solares na superfície da água está em reduzir o calor dos painéis, tornando-os de 10 a 15% mais eficientes, e reduzir a evaporação da água na barragem em cerca de 460 mil m3 por ano.

Entre outros benefícios, a estatal também vê no sistema a chance de garantir mais estabilidade do sistema elétrico, enquanto, espera-se, que reduza sua dependência ao gás natural – que hoje representa quase dois terços da geração de energia da Tailândia.

A usina híbrida inaugurada é apenas uma das 16 outras do mesmo tipo que devem ser instaladas por todo o país do Sudeste Asiático. A maior delas, prevista para 2035, terá 325 MW de capacidade instalada. Se o programa for concluído conforme afirma a gestão, a capacidade energética total será de 2.725 MW.

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Além disso, de acordo com o governo, o projeto ajudará a reduzir o CO2 em cerca de 47 mil toneladas por ano. Um esforço para alcançar a neutralidade em carbono até 2050, conforme prometido na COP26.

Educação ambiental

Em paralelo à inauguração da usina, foi desenvolvido um projeto de tornar o entorno da usina em um centro de aprendizagem em energia renovável para estudantes e público em geral. O Nature Walkway é um caminho, de 415 metros de comprimento, que foi construído também para estimular o turismo. Os atrativos incluem mercado de produtos locais, loja de souvenirs, loja de aluguel de bicicletas, ônibus turístico e zona de rafting. 

“A usina ajudará a criar empregos e renda para a comunidade, para que possa ser autossuficiente e também estimular a economia geral da província”, afirma a EGAT.