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Holanda testa turbina que gera energia com movimento das ondas

A imensidão azul pode ser uma fonte inesgotável de geração de energia renovável

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Fotos: Divulgação

Cerca de 70% da superfície da Terra é coberta por água, só no Brasil são oito mil quilômetros de costa. Essa imensidão azul pode ser uma fonte inesgotável de geração de energia renovável e é apostando nisso que surge uma turbina flutuante capaz de transformar as ondas das marés em eletricidade.

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Apelidada de Slow Mill, a turbina foi desenvolvida pela empresa holandesa Slow Mill Sustainable Power. Trata-se de um conversor de energia das ondas formado por um flutuador com pás conectadas de forma variável a uma âncora no fundo do mar. As ondas empurram o flutuador para cima e as pás para longe da âncora. Dessa forma, não apenas o movimento para cima e para baixo, mas também o movimento de vaivém das ondas é aproveitado.

As lâminas vão até três, quatro metros para extrair a energia das ondas abaixo da superfície. Quando a onda recua, conduz a Slow Mill de volta à sua posição inicial.

A água do mar é conhecida por suas características corrosivas e abrasivas. É por isso que o Slow Mill é em grande parte feito de materiais compostos com fibra de vidro, que não sofrem corrosão.

Ondas viram eletricidade

O Conselho Mundial de Energia estima que 2 milhões de megawatts, o dobro da atual produção mundial de eletricidade, poderiam ser produzidos a partir das ondas do mar. Apesar do grande potencial energético, a tecnologia não é simples.

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Um dos maiores desafios da conversão de energia das ondas em eletricidade é que os movimentos das ondas são irregulares e difíceis de seguir. Para amenizar os empecilhos, a Slow Mill é bastante leve e segue as ondas com facilidade, aproveitando os movimentos de elevação (vertical) e onda (horizontal). O equipamento também foi projetado para capturar movimentos de oscilação, inclinação e rotação.

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As lâminas vão até quatro metros para extrair a energia das ondas abaixo da superfície. | Foto: Divulgação

Suas lâminas são projetadas para se mover mais ou menos ao longo do caminho da onda orbital, mesmo quando as ondas atingem vários ângulos e frequências. Não precisa dar um retorno para fazer um novo trabalho, apenas faz movimentos circulares menores ou maiores, evitando perdas por aceleração, desaceleração e defasagem.

Apoiado pelo governo holandês, o sistema vem sendo testado na Holanda desde 2018. A construção de um modelo em escala para testes em mar aberto foi iniciada em 2020. A pandemia atrasou alguns planos, mas certo é que, pouco a pouco, a capacidade de gerar energia elétrica a partir das ondas (sobrevivendo às duras condições marítimas) vem se provando possível, apesar de todos os percalços, assim como a viabilidade do projeto.

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