500 mil casas do Minha Casa, Minha Vida terão energia solar

Iniciativa vai ajudar a reduzir a conta de luz da população de baixa renda

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Foto: Ricardo Stuckert | PR

O governo federal acaba de lançar o programa “Luz Para Todos Minha Casa Minha Vida” – uma junção do programa de eletrificação a áreas remotas e do programa habitacional. O elo é marcado pelo incentivo à energia limpa e renovável: 500 mil unidades residenciais em todo o país receberão placas solares.

A novidade no programa Minha Casa Minha Vida já havia sido anunciada em 2023 sem muitos detalhes. Na última sexta-feira (28), uma cerimônia em Belo Horizonte, Minas Gerais, com a presença de ministros e do presidente da república selou de fato a iniciativa.

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Casas com energia solar integram programa habitacional em Goiás. Foto: Sérgio Willian | Agehab (Agência Goiana de Habitação)

“Com a assinatura do decreto “Luz para Todos do Programa Minha Casa, Minha Vida”, estamos dando mais um passo na direção de um Brasil mais justo e sustentável”, afirmou o presidente Lula.

Para a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o decreto representa um grande avanço para a democratização do acesso à energia elétrica limpa, renovável e competitiva para os consumidores de baixa renda, reforçando a sustentabilidade e contribuindo para a justiça social.

Na ocasião, foi anunciado o contrato assinado com a Caixa para a construção das primeiras 1.099 unidades em Belo Horizonte do novo Minha Casa Minha Vida, já com painéis solares para geração de energia solar. No total, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, há previsão de instalação de placas solares em 16 mil unidades residenciais distribuídas em 40 municípios de Minas Gerais.

Conta de luz mais barata

Além de fortalecer a transição energética para fontes limpas e renováveis, a iniciativa tem como foco reduzir os gastos das famílias com a conta de luz. Em uma atuação coordenada, o governo pretende lançar ações voltadas principalmente para famílias de baixa renda do Minha Casa, Minha Vida, prioritariamente na faixa 1 (urbanos e rurais), podendo também se estender para a faixa 2, em casos específicos.

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Casas populares com energia solar. | Foto: Foto: Rafael Silva

“Cada real que uma família de baixa renda deixar de gastar para pagar a conta de luz no final do mês poderá ser usado para melhorar sua alimentação, saúde, educação, transporte e qualidade de vida. Isso faz muita diferença na vida das pessoas”, afirma Rodrigo Sauaia, Ceo da Absolar. “A inclusão da geração própria solar no programa habitacional é um grande avanço em prol de mais equilíbrio e justiça social no país”, completa.

O decreto dará mais acesso à energia solar, tanto com a instalação de painéis solares nas casas, quanto com a compensação de energia produzida em unidades remotas, as chamadas fazendas solares. A estimativa é atender 500 mil unidades habitacionais até 2027, com um investimento estimado em R$ 3 bilhões para a compra e instalação dos painéis solares.