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O Marrocos é um dos países que mais consomem sacolas plásticas no mundo. A nação africana só perde para os Estados Unidos, chegando a usar, aproximadamente três bilhões de sacos por ano, segundo o Ministério da Indústria do Marrocos. Cada um dos 34 milhões de habitantes gasta anualmente, em média, 900 sacolas. Mas, isso pode mudar.

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No início deste mês o governo aprovou uma lei que proíbe totalmente o uso de sacos plásticos. A legislação é fruto de um esforço antigo de reduzir o consumo e os impactos ambientais gerados por este tipo de resíduo. Os sacos pretos, por exemplo, já foram banidos no país em 2009, mas até hoje as autoridades lutam contra a produção ilegal deste material.

A medida tem como principal intuito diminuir o impacto ambiental dos resíduos plásticos e faz parte das estratégias nacionais para tornar o Marrocos um país mais verde, seguindo os passos da Costa Rica e do Butão.

Apesar de a proibição ter se tornado lei, é esperado que as autoridades marroquinas ainda enfrentem muitos problemas até que a população passe a seguir as novas normas. Para os especialistas, trata-se de uma mudança cultural, que não acontecerá de um dia para o outro.

Além disso, mesmo que o governo tenha adotado medidas interessantes em termos ambientais, existem críticos que alegam que o país está apenas promovendo a imagem e fazendo pouco efetivamente para conscientizar as pessoas.

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“Eles fazem isso para promover a imagem de que o Marrocos é um país amigo do meio ambiente, o que é parcialmente verdadeiro, mas não totalmente. Se os cidadãos não estão cientes das preocupações e dos desafios que estamos enfrentando, as coisas vão mudar muito mais lentamente”, opinou o consultor em desenvolvimento sustentável Mamoun Ghallab, em declaração à rede AlJazeera.

Os desafios marroquinos, no entanto, vão muito além dos sacos plásticos. O país ainda não consegue coletar todo o resíduo produzido (apenas 70% dos moradores têm acesso aos serviços de coleta) e menos de 10% do que é recolhido é descartado de forma correta, de acordo com informações do Banco Mundial.

Redação CicloVivo

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