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Falta de saneamento básico gerou 273.403 internações no Brasil

Dados do Instituto Trata Brasil referem-se a 2019 e revelam um aumento de cerca de 30 mil internações em relação à 2018

saneamento básico
Foto: iStock

De acordo com o levantamento Saneamento e Doenças de Veiculação Hídrica de 2019, divulgado pelo Instituto Trata Brasil no dia 5 de outubro de 2021,  o Brasil registrou 273.403 internações com doenças de origem hídrica que escancaram a falta de saneamento básico e mostra uma situação de sobrecarga do sistema de saúde.

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Esse número quer dizer um aumento de 30 mil hospitalizações, se comparar com 2018, além de 2.734 mortes. A incidência de internações foi de 13,01 casos por 10 mil habitantes, um custo de R$ 108 milhões ao país.

Segundo o estudo, dividido em regiões, o Maranhão se destaca como o Estado com mais internações, 38,2 mil casos. Outros Estados com números alarmantes são: Bahia registrou com 23,3 mil, Minas Gerais com 24,7 mil, São Paulo com 26 mil e Para com 28 mil.

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O estudo foi realizado com dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e o Datasus. Foto: Pixabay

Para Renata Moraes, diretora-presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade, os dados revelam que o Brasil ainda tem muito a trabalhar em relação ao saneamento básico.

“Atualmente, temos mais de 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável, o que corresponde a 17% da população. Quase metade dos habitantes não têm esgoto tratado.”

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Renata Moraes, diretora-presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade

“A maior parte dos municípios sem saneamento básico adequado é composta por cidades pequenas, cujos os prefeitos não estão preparados. Muitos municípios sequer desenvolvem plano de saneamento básico e, sem ele, não conseguem nem recursos para esta gestão”, explica  Renata.