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Ministério do Meio Ambiente repassa R$ 10,4 bilhões ao Fundo Clima

Com valor recorde, recursos financiarão projetos para o desenvolvimento sustentável e o combate às mudanças climáticas

Fundo Clima
A taxa para restauro de floresta será de apenas 1% ao ano. | Foto: David Vig | Unsplash

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram na última segunda-feira (1º) o contrato para repasse de R$ 10,4 bilhões ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima). O aporte é recorde: é o maior volume de recursos da história do fundo, criado em 2009.

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Os recursos serão repassados do MMA para o BNDES e financiarão projetos para o combate à mudança do clima e o desenvolvimento sustentável do país.

“Há uma grande demanda por projetos de muita qualidade e voltados para uma ação de desenvolvimento sustentável que gere emprego, renda e que ajude no processo de mudança econômica”, afirmou Marina Silva, ministra do MMA à imprensa após a reunião. “Esses recursos com certeza farão diferença no processo de transformação da nossa matriz energética, na agricultura resiliente, em cidades resilientes e outras agendas.”

maior energia solar
Foto: Divulgação | Elera Renováveis

O fundo é vinculado ao MMA e sua modalidade reembolsável, que recebeu o aporte, é operacionalizada pelo BNDES. De 2011, quando começou funcionar, a 2022, o mecanismo funcionava com recursos de R$ 300 milhões a R$ 500 milhões ao ano, em média.

“Vamos ter agora R$ 10 bilhões contribuindo para o Brasil continuar liderando o enfrentamento da crise climática, a produção energética, a transição para uma economia verde sustentável. São investimentos que vão gerar emprego, salário e, principalmente, vão ajudar a combater a crise climática”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

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Participaram da reunião o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A secretária nacional de Mudança do Clima do MMA, Ana Toni, também acompanhou a assinatura.

Recursos para o clima

​​Em 2023, após quatro anos de virtual paralisação, foram contratadas 27 operações, com recursos de R$ 733 milhões, até então a maior contratação da história do fundo. As operações no ano passado geraram 1.867 empregos e evitaram a emissão de 4,3 milhões toneladas de gás carbônico, equivalente às emissões dos carros na região metropolitana de São Paulo durante 10 meses.

São Paulo ônibus elétricos
Fundo clima prevê financiamento para eletrificação de frotas de ônibus, inclusive escolar. | Foto: Leon Rodrigues | SECOM

Parte dos R$ 10,4 bilhões foi captada no ano passado pela emissão dos primeiros títulos soberanos sustentáveis, ou títulos da dívida externa com critérios sustentáveis. O lançamento dos títulos foi realizado em setembro, na Bolsa de Valores de Nova York, pela ministra Marina Silva e o ministro Fernando Haddad.

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“Este é com certeza um dos maiores fundos do clima de países em desenvolvimento. Quando lançamos os títulos, tivemos uma oferta ao redor de US$ 3 bilhões, mas o que tínhamos disponibilizado era apenas US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões). Isso nos dá ânimo para novamente fazer uma captação e aumentar este volume”, afirmou a ministra.

O aporte transformará o fundo em um dos principais instrumentos para o financiamento da transformação ecológica brasileira. As taxas para o financiamento de projetos variam de 1% ao ano (florestas nativas e recursos hídricos) a 8% (geração de energia solar e eólica), conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mais a taxa do agente financeiro e o spread de risco do projeto.

bioeconomia desenvolvimento sustentável
Foto: PPA

Os recursos financiarão projetos do setor público, de empresas privadas e do terceiro setor em seis áreas prioritárias: Desenvolvimento Urbano Resiliente e Sustentável; Indústria Verde; Logística de Transporte, Transporte Coletivo e Mobilidade Verde; Transição Energética (geração solar e eólica, e biomassa, eficiência energética, entre outros); Florestas Nativas e Recursos Hídricos; e Serviços e Inovação Verdes.

“A ideia de uma política ambiental que não seja setorial, mas transversal, faz muito sentido. Neste momento, o MMA ajuda a financiar, com esses recursos que foram captados graças à ação do Ministério da Fazenda, inclusive algumas obras do Novo PAC, como a eletrificação de frotas urbanas”, disse Marina.

microalgas
Fotos: Foto: Marcos Solivan | Sucom | UFPR

O Fundo Clima foi reformulado em 2023 para se adequar ao aumento de recursos e às novas prioridades do governo federal. Está alinhado ao Plano de Transformação Ecológica, ao Plano de Transição Energética, à Nova Industrialização, à promoção da bioeconomia, à restauração floresta, ao fim do desmatamento e dos lixões, entre outras iniciativas.

Para saber mais sobre as formas de apoio e novas condições financeiras do Novo Fundo Clima, acesse aqui.