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colégio bioconstrução
Foto: Divulgação

No Colégio Renascença, instituição particular de São Paulo, estudantes estão aprendendo técnicas de bioconstrução com edificação de cisternas nas estruturas; compostagem termofílica e plantio de nativas da mata atlântica para geração de mudas e aumento da biodiversidade local.

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As ações fazem parte do projeto Pétalas do Rena, idealizado pela Coordenadora de Ciências Naturais da instituição, Fátima Primon, e contam com a colaboração de permacultores. O objetivo é ampliar as reconexões com a natureza por meio de propostas “biointegradas”, contando com o envolvimento dos alunos, professores e colaboradores.

“O projeto é voltado a toda comunidade escolar, com estudantes participando diretamente da bioconstrução de paredes, cisternas, plantio de árvores nativas da mata atlântica, construção de leiras, entre outras atividades. É um espaço aberto de aprendizagem, com grande potencial interdisciplinar”, explica Primon.

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Ao plantar nativas das mais variadas espécies, a ideia é recuperar um pequeno pedacinho do bioma Mata Atlântica, atraindo espécies polinizadoras que poderão aumentar a biodiversidade local e impactar o entorno.

Técnicas de bioconstrução

Antes de efetivamente colocar a mão na massa, foram abordadas diversas técnicas, como: pau-a-pique, tijolos de adobe e terra ensacada (hiperadobe). Garrafas pet com lixo seco compactado se transformam, nas mãos dos estudantes, preenchimento junto ao barro que compõe as paredes de pau a pique, constituindo uma das paredes da estrutura de bambu que abrigará duas cisternas e minhocários em seu interior.

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Os alunos também construíram um banco, através da técnica hiperadobe, o que favorecerá as trocas e aulas ao ar livre.

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Ainda na questão dos espaços, o bambu foi utilizado, na estrutura e na cobertura da bioconstrução, com calhas dirigidas às cisternas, proporcionando captação de água de chuva que ajudará na irrigação das espécies nativas. Toda matéria-prima utilizada na bioconstrução é renovável, amplamente versátil, de rápido crescimento e uso milenar. O espaço multiuso funcionará para diversos fins e atividades.

Ampliação das técnicas de compostagem

Uma parte dos resíduos orgânicos já é compostada pelas minhocas de estimação do Colégio Renascença, mas elas não conseguem dar conta de alguns resíduos como: carnes, cítricos, madeira tratada, alimentos mais temperados.

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Foto: Divulgação

A alternativa agora foi ampliar a capacidade de compostagem, adicionando leiras termofílicas que estão sendo construídas – junto com os alunos, educadores e funcionários. A quantidade de calor atingido, cerca de 70ºC, possibilita o trabalho de microrganismos aeróbios capazes de digerir as estruturas mais complexas, dando conta de qualquer resíduo gerado.

“Além do tratamento dos resíduos, todo material de poda da escola, como folhas e galhos, servirá de matéria seca para a estrutura das leiras, diminuindo de forma considerável o envio dos resíduos aos aterros sanitários e, consequentemente, a dispersão na forma de gases do efeito estufa”, conclui Fátima Primon.