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Como cuidar do solo de maneira natural e eficiente?

Agricultor familiar dá 4 dicas importantes para um manejo adequado e preservação do solo usado para o plantio

manejo do solo
É possível enriquecer e preservar o solo com técnicas naturais. Foto: Pixabay

No dia 15 de abril, celebramos o Dia Nacional da Conservação do Solo. Mas, as boas práticas de manejo da terra devem estar presentes todos os dias do ano, pois são  fundamentais para garantir a qualidade dos alimentos que a terra pode dar. O solo, assim como a água, o sol e o ar é fundamental para a vida.

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Para ajudar as pessoas a cuidarem melhor, de uma forma natural e sustentável do solo, Régis Gentil do Couto, produtor de batata inglesa e mandioquinha que fornece produtos para a marca Liv Up, reuniu algumas dicas práticas que ajudam na preservação desse recurso.

Adubação verde

A prática consiste no plantio de espécies vegetais para melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo. Diferentes espécies podem ser usadas, de  gramíneas até leguminosas. Essas últimas se associam a bactérias fixadoras de nitrogênio do ar, transferindo-o para as plantas de cultivos subsequentes ou em consórcio – cultivo de diferentes espécies no mesmo espaço e ao mesmo tempo. Já as gramíneas, como a aveia utilizada pelo Régis, permite maior exploração da profundidade do solo por conta das suas raízes compridas.

O plantio pode ser feito em pré-cultivo ou rotação de culturas; em consórcio de lavouras; ou em faixas. A adubação verde de Régis, por exemplo é feita no pre-cultivo e incorporada com o trator para proporcionar a matéria orgânica e o enriquecimento do solo.

Manejo biológico

Uma das possibilidades do manejo biológico é utilizar microorganismos, como fungos e bactérias, benéficos para diminuir e evitar pragas e doenças que possam afetar o cultivo dos alimentos, em uma relação simbiótica com as culturas em campo, reduzindo a aplicação de defensivos agrícolas e os danos que estes produtos causam ao meio ambiente e à saúde.

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O manejo biológico é muito utilizada no cultivo orgânico e, na agricultura tradicional, seus adeptos também vêm crescendo. A técnica contribui para preservar o solo, equilibrar o sistema e enriquecer a macro e microbiota, responsáveis por melhorar o sistema de defesa das plantas cultivadas.

Com a batata inglesa e a mandioquinha, o Régis recomenda que as sementes sejam plantadas após uma adubação adequada, e que, antes de serem cobertas, sejam borrifadas com produtos biológicos à base de trichoderma e boveril – dois fungos encontrados no solo – para que a terra também seja pulverizada.

Plantios em curva de nível

É uma técnica na qual são feitos “recortes” cartográficos do terreno que ligam dois pontos de mesma altitude. É a partir da curva de nível que conseguimos evitar uma das principais formas de degradação de solo, a erosão. Além disso, ela possibilita melhor uso da água, seja ela advinda da chuva ou de irrigação, se infiltrando no solo em vez de escorrer pela declividade do terreno. Isso traz uma redução considerável de custos de irrigação e promove maior conservação da terra.

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A localização geográfica é um ponto de atenção para o produtor da Liv Up. Por seu cultivo estar localizado em cadeias de morros, a técnica se torna imprescindível para a conservação do solo, e para evitar possíveis erosões.

Preservação da vegetação nativa do topo de morros e encostas

A manutenção da vegetação – nativa ou não – no topo de morros é regida no Brasil pela Lei Nº 12.651/12, e recebe a nomenclatura APP (Áreas de Preservação Permanente). A prática ajuda na redução do impacto da água da chuva e, consequentemente, garante uma infiltração no solo mais lenta e eficiente.

Em terrenos expostos, sem vegetação, o impacto da gota d’água na terra pode causar desagregação e diferentes tipos de erosões a longo prazo.