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BH começa a produzir joaninhas para controlar bichinhos indesejados

Prefeitura tem como modelo a experiência implantada em Paris.

Foto: Yanikap/iStock

As joaninhas e crisopídeos são insetos que podem combater, de forma natural, populações de organismos indesejáveis em hortas e arborizações. E foi pensando nesse controle de “pragas” urbanas que a Prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais, criou uma biofábrica. O local, que começou a produzir os insetos em outubro, está instalado na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras.

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O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e tem como objetivo a produção em massa desses organismos. De acordo com o gerente de ações para sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente e doutor em Entomologia, Dany Silvio Amaral, os insetos estão sendo criados em laboratório, com dieta e temperatura controladas. “A biofábrica conta com três servidores e, atualmente, a criação está em processo de consolidação, com o aumento da população. Espera-se que em um futuro próximo possam ser iniciadas as libertações e doações de kits com joaninhas e crisopídeos”, explicou Dany Amaral.

As primeiras joaninhas foram coletadas no Centro de Vivência Agroecológica Capitão Eduardo e levadas para reprodução. “Ainda estamos fazendo capturas de joaninhas adultas pela cidade e levando para a biofábrica. A maioria tem sido capturada no Centro de Vivência Agroecológica. Lá tem uma estrutura muito boa de hortas e muitos insetos”, explicou o gerente e idealizador do projeto. Já os crisopídeos foram obtidos por doação de ovos de uma criação do Laboratório de Entomologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, em Viçosa. Os insetos são alimentados e colocados para acasalar e os ovos e larvas são cuidados para completar seu ciclo até atingir a fase adulta.

França como referência

O secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck informou que uma das estratégias de sustentabilidade da cidade é a recuperação de serviços do ecossistema nos ambientes urbanos, gerando produção de alimentos, matérias-primas, renovação de recursos hídricos, beleza cênica, redução de poluição, entre outros.

“Estamos nos espelhando na experiência implantada em Paris, onde a iniciativa gerou excelente resultado. Lá, eles distribuíram as larvas de joaninha para acabar com os pulgões e outros insetos que danificam jardins públicos. Paris é uma cidade que não usa pesticida nos logradouros públicos há anos. É uma referência de políticas ambientais de sucesso”, ressalta Werneck.

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As informações são da Prefeitura de Belo Horizonte.