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O Projeto No Clima da Caatinga (NCC), da Associação Caatinga, está propagando o uso de tecnologias sustentáveis em comunidades do Piauí. Um dos destaques é o sistema Bioágua Familiar, uma tecnologia que reaproveita, de forma segura um bem tão escasso na região: a água.

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A Caatinga é uma das regiões semiáridas mais populosas do mundo, o que aumenta a demanda de acesso a água em um ambiente que naturalmente tem um baixo índice pluviométrico quando comparada com outras regiões e que concentra toda a chuva em poucos meses do ano. Por conta disso, como a temperatura é sempre quente, a absorção do solo é mais difícil, sendo importante o aproveitamento de cada gota de água, já que esses moradores devem gerenciar esse recurso natural durante os oito meses de seca.

Tendo como base este cenário, o sistema Bioágua Familiar consiste num processo de filtragem por mecanismos de impedimento físico e biológico dos resíduos da água cinza, ou seja, a água recolhida da pia, máquina de lavar e chuveiro. Esta água de reuso é reutilizada em um sistema fechado de irrigação destinado à produção de hortaliças, frutas, plantas medicinais, jardins etc.

Além do reaproveitamento hídrico, o sistema bioágua também contribui para a segurança alimentar e geração de renda para comunidades rurais do semiárido. Portanto, a inserção dessa tecnologia sustentável e a capacitação da população fazem com que o projeto cumpra quatro ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) estabelecidos pela ONU, são eles: erradicação da pobreza, fome zero e agricultura sustentável, igualdade de gênero e água potável e saneamento.

Mais sobre os projetos na Caatinga

Patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal, o projeto dissemina as tecnologias com o objetivo de facilitar a adaptação das famílias sertanejas ao semiárido.

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Para Gilson Miranda, Coordenador de Conservação do No Clima da Caatinga, o objetivo do uso das tecnologias sustentáveis, além de facilitar a vida dos moradores da região, permite a conservação da Caatinga. “A nossa proposta é contribuir para a mitigação de efeitos potencializadores do aquecimento global, a adaptação climática de comunidades envolvidas, a proteção dos recursos hídricos, das florestas e do tatu-bola por meio de ações de conservação do nosso bioma”, destacou.