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Empresa brasileira fabrica tijolo ecológico reaproveitando lodo

Projeto já permitiu a produção de mais de 1,7 milhão de tijolos utilizados na construção civil.

A Agreste Saneamento, concessionária que presta serviços de captação e tratamento de água em municípios de Alagoas, utiliza os resíduos gerados pelo tratamento de água para a fabricação de tijolos ecológicos. O descarte de 1.196 m³ de lodo já possibilitou a produção de 1,79 milhão de tijolos que são amplamente aplicados na construção civil. O sistema de reaproveitamento está em funcionamento desde 2014.

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O reaproveitamento do lodo é uma alternativa capaz de reduzir os custos operacionais com o descarte do material em aterro sanitário e também os impactos ambientais, como destaca o diretor presidente do Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Gustavo Lopes. “Com essa solução, o ciclo dos resíduos gerados durante o tratamento da água em Arapiraca fica fechado, sem gerar impactos ambientais”.

Já segundo Guilherme Dias, diretor da Agreste Saneamento, o destino final do lodo é um dos grandes desafios enfrentados pelas concessionárias. “As vantagens na incorporação do lodo de ETA para fabricação dos tijolos são inúmeras, entre elas, o aumento na vida útil das jazidas de argila e a redução de áreas desmatadas para exploração de jazidas, economia de consumo de água para produção de tijolos e a qualificação e o licenciamento ambiental de cerâmicas para o adequado recebimento e manejo desse material, fomentando a economia da região. Também estamos nos adequando à Política Nacional de Resíduos Sólidos”, explica.

O processo

A técnica consiste em aproveitar o lodo resultante da floculação, no qual ocorre a aglutinação das impurezas durante o tratamento da água. Após a decantação, as partículas aglutinadas vão para o fundo dos tanques por gravidade e a água separa-se do lodo. Posteriormente, o lodo é armazenado em bolsas para que ocorra a desidratação.

Lodo proveniente do processo de tratamento de água | Foto: Divulgação

Foram realizados diversos testes em laboratório que comprovaram a qualidade e a aplicabilidade da submatéria-prima para a produção do tijolo cerâmico. O procedimento foi acompanhado pela equipe do setor de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Agreste Saneamento, pela Phyto Consultoria em Engenharia e Meio Ambiente e pelo IMA, que destacou a iniciativa como um marco no estado.

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