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Cientistas criaram esponjas naturais que absorvem microplásticos

Feitas de amido e gelatina as esponjas podem remover microplásticos e nanoplásticos da água antes que a poluição chegue ao oceano

microplastico
Foto: Florida Sea Grant | Flickr

Além do plástico que nós vemos, os microplásticos e nanoplásticos são parte da poluição causada por este material e já foram encontrados até mesmo no nosso sangue. Enquanto a coleta de resíduos visíveis como garrafas, sacolinhas e outros itens é relativamente simples, retirar microplásticos e nanoplásticos dos ambientes é uma tarefa complicada já que os microplásticos e nanoplásticos, são minúsculos pedaços de plástico que medem de 0,1 a 5000 μm e de 1 a 100 μm, respectivamente.

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Para solucionar este problema complicado e urgente, cientistas chineses criaram esponjas experimentais feitas de amido e gelatina que podem absorver microplásticos. A solução pode ser usada em vários ambientes e ajudar a reduzir a entrada de poluição plástica nos oceanos. As esponjas são literalmente leves como uma pena e podem reter não só os microplásticos, mas também as partículas nanoplásticas.

esponja que retém microplástico
Imagem: ScienceDirect

As esponjas foram desenvolvidas por pesquisadores da Faculdade de Ciência e Engenharia de Alimentos da cidade de Qingdao com o objetivo de eliminar a poluição por microplásticos na sua origem.

As esponjas de gelatina e amido de milho, foram testadas e conseguiram remover cerca de 90% das partículas micro e nano plásticas de matrizes ambientais e alimentares, incluindo água do mar, água da torneira, surfactante do solo e até mesmo sopa de almoço para viagem. Os resultados foram divulgados em um artigo na revista científica ScienceDirect.

Segundo Christian Adlhart, químico da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique, na Suíça, um dos usos para estas esponjas seria a água das máquinas de lavar roupas, já que peças de tecidos sintéticos liberam microplástico durante a lavagem – e esse material acaba nos cursos de água e, depois, nos oceanos.

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microplásticos
Foto: Soren Funk | Unsplash

Em 2021, o cientista havia desenvolvido esponjas semelhantes feitas de quitosana de conchas de crustáceos e publicou um artigo sobre sua pesquisa. Em comparação com as esponjas criadas por Adlhart, as esponjas desenvolvidas pela equipe de Qingdao é que elas são biodegradáveis ​​e, portanto, podem ser usadas livremente. Além disso são extremamente leves, o que significa que sua produção deve ser extremamente barata.

Uma desvantagem é que o processo químico usado para fabricar as esponjas inclui formaldeído, que os autores admitem ser uma séria desvantagem ambiental. O próximo passo da pesquisa é encontrar uma alternativa ao formaldeído e, se isso acontecer, as esponjas absorventes de plástico poderão ser um meio eficaz de reduzir a poluição por microplásticos, em especial em processo industriais e lavandaria.

 

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