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O processamento de café gera diversos resíduos até chegar em sua etapa final. Entre as possibilidades de reutilização, uma startup escocesa está extraindo óleos de tais resíduos. O que seria desperdício agora pode virar alternativa ao óleo de palma, por exemplo.

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“Tendo trabalhado em cafeterias e restaurantes durante vários anos, ficamos doentes e cansados de ver mais e mais grãos de café sendo desnecessariamente enviados para aterros sanitários”, afirmam Fergus Moore e Scott Kennedy, que criaram a Revive Eco. A dupla afirma que no Reino Unido são consumidos cerca de 55 milhões de xícaras de café por dia -, isso leva a mais de meio milhão de toneladas de borra de café sendo geradas e desperdiçadas diariamente.

Além de evitar a perda de todo esse material, que é rico em nutrientes (em casa pode ser usado como adubo para plantas), a iniciativa tem um grande potencial de colocar no mercado novos óleos naturais sustentáveis. Em especial como alternativa à extração de óleo de palma, uma atividade que está destruindo as florestas tropicais, sobretudo na Indonésia e Malásia.

De qualidade comparável às alternativas comerciais, a Revive Eco produz óleo ambientalmente correto, que pode ser usado em alimentos, bebidas, cosméticos e produtos farmacêuticos.

O trabalho realizado até agora garantiu a Fergus Moore e Scott Kennedy o título de “Jovens Empresários Escoceses do Ano” e, em uma competição global de negócios, concorrem ao prêmio de US $ 1 milhão. Enquanto aguardam a decisão do júri, a Revive Eco faz parcerias locais, entre elas com uma empresa de reciclagem para organizar a coleta de resíduos de cafeterias, restaurantes e escritórios de toda a Escócia.

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Problema do óleo de palma

A extração de óleo de palma é tema de constantes debates. No Brasil, a produção é concentrada no Pará e impacta principalmente as populações ribeirinhas, quilombolas e trabalhadores rurais que habitam as áreas de plantio. Já a Indonésia e Malásia são conhecidos mundialmente por serem os maiores produtores de azeite de dendê e isso tem um grande impacto no desmatamento de algumas regiões dos dois países.

Também é sabido que em lugares onde a palma de óleo é cultivada, como Bornéu e Sumatra, os orangotangos (entre outras espécies ameaçadas) estão perdendo seu habitat natural. Mesmo com tantos problemas, este óleo é encontrado em margarinas, chocolates, batons e outros milhares de produtos que consumimos diariamente. A demanda é enorme, por isso buscar alternativas mais ecológicas é uma questão urgente.

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