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Capacitação via WhatsApp oferece apoio a catadores de recicláveis

Projeto piloto de capacitação para catadores de recicláveis tem foco em empreendedorismo, qualidade de vida, renda, cidadania e direitos

Aplicativo Cataki
O aplicativo Cataki pode ser baixado e ativado em todo o Brasil. Foto: Divulgação

Um projeto piloto de capacitação de catadores de recicláveis por meio do WhatsApp conta com 40 alunos de todo o País em uma iniciativa de educação e troca de experiências e ideias. O objetivo é a inclusão e valorização de catadores de materiais recicláveis pelo Brasil, além de subsidiar a categoria com conhecimento e informações que os auxiliem a ampliar a geração de renda.

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Ao longo da capacitação são abordados temas como qualidade de vida, saúde e segurança, cidadania e direitos e é estabelecida uma rede de comunicação com troca de experiências para ampliar o olhar sobre o dia a dia desse público.

aplicativo reciclagem catadores
Os catadores e catadoras coletam 90% de tudo o que o Brasil recicla. Foto: Pimp My Carroça

A iniciativa é uma parceria entre Nestlé e a ONG Pimp my Carroça, que faz a curadoria de conteúdo com o Sebrae. Para chegar ao modelo educacional, foram consideradas metodologias e linguagens próprias para capacitação digital, materiais dirigidos a um público-alvo diversificado e com diferentes histórias de vida, com foco no diálogo e na aplicabilidade prática dos conteúdos.

São quatro eixos temáticos: saúde e segurança do trabalho; empreendedorismo e profissionalização; tecnologias sociais e sustentabilidade; e cidadania e direitos.

A cada semana é seguida uma programação fixa com base em uma sequência didática e tema em evidência. Ao longo da semana, o conteúdo é primeiramente compartilhado com os catadores, incluindo materiais para estudo, como áudios, vídeos e imagens; na sequência, abre-se o debate e há troca de ideias e percepções no grupo, além de dúvidas que podem ser levantadas; um especialista no tema interage com os participantes e elucida as questões.

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“O interessante dessa ação formativa é que ela é democrático e permite que todos participem, tragam suas realidades e questões, até mesmo dicas e orientações que já experimentaram em seus anos de atuação recolhendo materiais recicláveis. Essa troca também traz bons debates sobre aperfeiçoamento de ferramentas de trabalho e busca por uma renda mais justa”, diz Nívea Lemos, educadora social e pedagoga do Pimp my Carroça.

O programa tem duração de três meses e a primeira turma, que começou em outubro de 2020, está concluindo o seu ciclo de aprendizado.

O volume de adesão chegou a 93% logo no primeiro mês de aulas, um indicador considerado excelente. “Uma taxa acima de 90% em um grupo que não está ambientado com essa dinâmica, participando ativamente, é um indicador muito importante de que estamos no caminho certo”, observa Nívea.

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Visibilidade e educação

Com o objetivo de criar conteúdo relevante sobre a reciclagem e o universo dos catadores, a série Cataflix, traz como youtubers os próprios catadores, contando suas histórias e visões reais da coleta de resíduos no país.

Anne – catadora e apresentadora do Cataflix

Cada episódio aborda um tema específico, de proteção ao Covid-19 até a história da “profissão catador” no Brasil e no mundo, passando pela destinação correta dos resíduos e a preocupação com a saúde dos profissionais.

O Cataflix estreou com o tema da importância dos catadores na sociedade, com um panorama geral sobre as dificuldades e as belezas do trabalho, o valor de alguns dos principais materiais coletados e a trajetória do Pimp My Carroça e do seu app, o Cataki.

Os cenários do programa são obras de arte feitas exclusivamente para o Cataflix. A cada episódio, um grafiteiro diferente é convidado para pintar um painel que retrate o tema daquele programa.