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mangabeira cicatrizante
Pesquisador usou látex da mangabeira na formulação do produto. | Foto: Divulgação

As propriedades da mangabeira, árvore nativa do Brasil, compõem a base de um novo creme-gel cicatrizante. Desenvolvido pelo doutor em Química Orgânica Médica, Saulo Capim, na Bahia, o produto batizado de Cicatribio visa ajudar, sobretudo, aqueles que possuem dificuldades no processo de cicatrização da pele.

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A cicatrização é a reparação tecidual da pele, onde o tecido lesionado é substituído. Esse é um sistema natural do corpo humano e outros tipos de animais. Porém, dependendo do organismo, esse tratamento pode ser mais difícil. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2% da população do país possui algum tipo de ferida difícil de cicatrizar.

“Em média, 485 mil pessoas têm algum ferimento difícil de cicatrizar. Esse problema causa altos custos ao SUS, pois o tratamento de feridas requer uma série de procedimentos e acompanhamento de profissionais. Então, o Cicatribio irá contribuir com a saúde da população”, pondera o químico.

Cicatrizante de mangabeira

O creme-gel é produzido a partir do látex natural da planta Hancornia speciosa, mais conhecida como mangabeira. Tal árvore é mais conhecida pelo fruto saboroso, usado em diversos preparos.

mangabeira cicatrizante
Foto: Divulgação

“A tecnologia consegue cicatrizar o ferimento entre dois a 10 dias. Além disso, vem acompanhado de um aplicativo que, usando inteligência artificial, realiza análises e medição da ferida”, afirma o especialista. A ideia é que o potencial cliente tenha o acompanhamento personalizado durante a cicatrização do ferimento. No caso, a pessoa baixa o aplicativo no celular, cadastra os dados e as imagens dos ferimentos.

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Lançamento em 2023

Muitas inovações do tipo, apesar do potencial, demoram anos para chegar ao mercado. A expectativa de Saulo, porém, é que o produto comece a ser comercializado até o final de 2023. São duas versões do creme-gel: uma veterinária e outra para humanos. Ambas estarão disponíveis até o final do ano.

A tecnologia tem a colaboração de pesquisadores do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Também conta com o aporte financeiro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e foi uma das aprovadas pelo Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb). A equipe é composta por Saulo Capim, André Rezende, Ana Luiza de Souza, Isis Beatriz de Souza, João Pedro Oliveira, Itila Maykely, Jane Lima e Bruno Marinho.

Com informações do Governo da Bahia

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