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Horta comunitária garante alimentos frescos em comunidade de Campo Grande

As crianças participam dos plantios e são os principais agentes da mudança realizada na comunidade.

Uma horta comunitária é bem-vinda em qualquer local, mas elas são ainda mais importantes quando instaladas em áreas de vulnerabilidade social. As funções de um simples plantio vão além da produção de alimentos, elas garantem também o fortalecimento de toda a comunidade.

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Consciente de toda essa abrangência social que uma horta pode alcançar, o engenheiro agrônomo Carlos Salles teve a ideia de iniciar um plantio comunitário dentro da favela Cidade de Deus, em Campo Grande, MS. O projeto é a sequência de um trabalho já realizado dentro da comunidade, em que voluntários auxiliavam a população local através da doação de cestas básicas e cafés da manhã solidários.

Mas, assim como o ditado diz: não dê o peixe, ensine a pescar, Salles queria ir além. Em setembro deste ano foi criada, então, a horta comunitária da Cidade de Deus. Em entrevista ao CicloVivo, ele explicou que tudo foi possível graças à mobilização de voluntários e dos próprios moradores da comunidade, que ajudaram com a doação de materiais, mudas e com o próprio trabalho.

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Foto: Arquivo Pessoal/Carlos Salles

“Plantamos ao todo 800 mudas de hortaliças, alface, repolho, beterraba, couve, mandioca, entre outros. Toda a comunidade está envolvida e poderá usufruir da colheita. É uma horta comunitária para as famílias da favela”, contou o engenheiro.

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Foto: Arquivo Pessoal/Carlos Salles

A comunidade Cidade de Deus está localizada próximo ao lixão de Campo Grande, mas esse não é impedimento algum para que alimentos frescos sejam produzidos ali. Salles lembra que plantar o próprio alimento garante maior independência às pessoas. “O objetivo é garantir maior soberania alimentar para as famílias da favela, garantindo produção de alimentos e menos dependência de doações de cestas básicas.”

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Mesmo que estes resultados sejam evidentes e rápidos, o trabalho ainda enfrenta desafios. Nem todas as pessoas conseguem enxergar esses benefícios, mas o engenheiro acredita que isso vai mudar com o tempo e o apoio só tende a aumentar. Os principais agentes dessa mudança de pensamento são as próprias crianças. “Já tivemos ótimas experiências das crianças felizes em poderem ajudar na horta. Até então, elas estão sendo as mais beneficiadas por este trabalho”, comemora Salles.

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Foto: Arquivo Pessoal/Carlos Salles

O retorno deste esforço não é sentido apenas por quem vive na favela. “[Eu me sinto] muito mais feliz e realizado, além de mais convicto de estar fazendo algo solidário e sustentável”, comentou o idealizador da horta da Cidade de Deus. O engenheiro ainda incentiva outras pessoas a replicarem este tipo de projeto em outros locais. “Através do esforço coletivo podemos avançar na eliminação do individualismo e formar uma sociedade mais altruísta e positiva, visto que, onde implantamos hortas a energia dos ambientes se transformou”, finalizou.

Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo

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