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Gisele Bündchen celebra 40 anos plantando 40 mil árvores na Amazônia

Os plantios serão realizados com uma mistura de sementes nativas na região das bacias do Rio Xingu e Araguaia.

Gisele Bündchen 40 anos
Foto: Nino Muñoz

Gisele Bündchen é mundialmente conhecida pela sua carreira de modelo e também por ser uma defensora de causas sociais ligadas a natureza, além de ser embaixadora da boa vontade para o meio ambiente pela ONU. Para celebrar os seus 40 anos de idade, que comemora nesta segunda-feira (20), Gisele irá retribuir e agradecer por mais um ano de vida com o plantio de 40 mil árvores na Amazônia Legal.

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“Aniversário é um dia especial e em tempos normais nos reunimos com as pessoas que amamos para celebrar. Mas neste ano, em que comemoro 40 anos, tenho refletido muito sobre tudo que está acontecendo e como posso fazer a minha parte para ajudar. Quero retribuir de alguma maneira e agradecer a Mãe Terra por tornar a vida possível. Já avisei minha família e amigos que se quiserem me presentear, por favor, me ajudem a plantar mais árvores”, conta Gisele.

O Instituto Socioambiental (ISA) e a Rede de Sementes do Xingu (ARSX), com os quais Gisele construiu uma história no passado, ajudarão na missão. Os plantios serão realizados com uma mistura de sementes nativas, chamada de “Muvuca” – trata-se de uma técnica de semeadura direta em um solo bem preparado e que é composta por sementes que variam de acordo com o bioma de cada região.

A técnica é utilizada há milênios pelos indígenas e comunidades tradicionais do Xingu e por outros povos indígenas de todo o mundo.

As árvores serão plantadas em áreas na região das bacias do Rio Xingu e Araguaia. Vale destacar que somente o Rio Xingu conta com 22.500 nascentes e cerca de 150 mil hectares de matas de beira de rio estão degradados.

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“A minha relação com o Xingu começou em 2004, quando visitei pela primeira vez uma aldeia indígena, pois queria entender como aquelas comunidades viviam da natureza. Foi neste momento que vi de perto os problemas que eles vinham enfrentando devido ao desmatamento e à poluição dos rios e senti que precisava fazer algo para ajudar. Desde então, tenho trabalhado em causas para preservação da natureza”, complementa.

A ocasião também marca o lançamento da plataforma para doação em celebração ao seu aniversário “Viva a Vida“, que convida as pessoas a plantarem um futuro melhor. Até o momento já foram doadas 160 mil árvores.

A plataforma foi desenvolvida em parceria com a Doare.

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Parceria de longa data

O primeiro projeto ambiental que recebeu o apoio de Gisele, em 2006, foi “Y Ikatu Xingu – Salve a Água Boa do Xingu”, liderada pelo ISA – Instituto Socioambiental. Foi um movimento de responsabilidade socioambiental compartilhada que envolveu pequenos, médios e grandes produtores rurais, indígenas, pesquisadores, organizações da sociedade civil e municípios da região das cabeceiras do rio Xingu, no Mato Grosso, com o objetivo de recuperar e conservar as nascentes e matas de beira de rio.

“Y Ikatu Xingu” gerou muitos frutos e, em 2007, nasceu a “Rede de Sementes do Xingu”, que será a responsável pela manipulação das sementes que serão utilizadas no plantio das 40 mil árvores doadas por Gisele e das demais arrecadadas na ação que ela criou – “Viva a Vida”.

A coleta das sementes é feita por indígenas, agricultores familiares e coletores urbanos, em sua maioria mulheres. São 568 pessoas com profundo conhecimento da mata que realizam um trabalho cuidadoso de reunir as sementes, beneficiá-las para o plantio e garantir uma fonte de renda. Nesses 13 anos, mais de R﹩ 4 milhões foram repassados diretamente para as comunidades.

Também nesse período, a iniciativa já recuperou mais de 6,6 mil hectares de áreas degradadas na região da Bacia do Rio Xingu e Araguaia e outras regiões de Cerrado e Amazônia. O trabalho, inclusive foi vencedor do Ashden Awards 2020, um dos principais prêmios para soluções climáticas no mundo.

Todo este trabalho realizado ao longo de anos fez com que a “Rede de Sementes do Xingu” se consolidasse como referência na produção e manejo de sementes nativas, além de gerar renda para as comunidades de entorno.