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Projeto de energia solar garante dessalinização em comunidade ribeirinha

Projeto garante acesso à energia e internet em comunidade onde só é possível chegar de barco.

Na pequena comunidade de Franquinho, no Arquipélago do Bailique, no Macapá, só é possível chegar ou sair via transporte fluvial pelo rio Amazonas. Mesmo assim, possui acesso à energia e internet graças a um recente projeto de energia renovável inaugurado na região.

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Contemplados pelo edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), lançado em 2015, os moradores ganharam no último sábado (31) a instalação de painéis solares geradores de energia elétrica. No local, boa parte da renda das famílias é oriunda do extrativismo por meio da coleta e a comercialização de polpa de frutas. Antes da chegada da energia, os produtores enfrentavam dificuldade de armazenamento.

“Nos outros anos, a gente perdia toda a nossa produção de polpas, porque não tinha como conservar. Hoje, a gente guarda polpa de taperebá, cupuaçu, graviola, goiaba, araçá e, no período de safra, o açaí”, comemorou a produtora local, Marinelza Rocha. Tais produtos são comercializados em Macapá, pelos próprios moradores, ou em comunidades vizinhas.

Além de placas solares, a comunidade ganhou uma estação de tratamento de água, que funciona por meio de energia fotovoltaica. O sistema dessaliniza a água do rio e a torna apta para o consumo e a produção das polpas.

“Além dos sistemas de energia e água, o projeto também possibilitou a instalação de internet e de um rádio comunicador na comunidade. A vila passa, a partir de agora, a ter comunicação com as outras localidades”, pontuou a diretora-presidente da Fapeap, Mary Guedes.

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Como funciona o sistema

Na comunidade, as placas solares alimentam um circuito elétrico que possibilita o funcionamento de uma rede de iluminação pelas passarelas, igreja e escola. A energia também proporcionou melhoria na comunicação local, através da instalação de um novo rádio comunicador.

Foto: Rafael Aleixo
Foto: Rafael Aleixo

As placas possibilitam também energia para o funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA), capta a água do rio, trata em um sistema de reservatórios através da adição de produtos químicos específicos para este fim, e, por fim, dessaliniza, fornecendo água potável à população. 

As informações e fotos são de Rafael Aleixo

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