130 voluntários se unem para limpeza de praia em Santos
Em menos de 1km de faixa de areia mais de 6 mil bitucas de cigarro, 8kg de plástico e até um pneu foram retirados da Praia do Gonzaga
Em menos de 1km de faixa de areia mais de 6 mil bitucas de cigarro, 8kg de plástico e até um pneu foram retirados da Praia do Gonzaga
Um grupo de aproximadamente 130 pessoas se uniu para uma ação de limpeza da Praia do Gonzaga, em Santos, litoral Sul de São Paulo. A ação aconteceu no último domingo e comprovou que estamos longe de ter uma solução para a poluição das praias e oceanos. Em cerca de 600 metros de faixa de areia, entre os canais 2 e 3, foram recolhidas mais de 6 mil bitucas de cigarro, cerca de 200 hastes de cotonete e quase 900 tampas, de metal ou plástico. Até um pneu estava entre os resíduos descartados incorretamente na praia.
No total, foram recolhidos 8 kg de plástico, 1kg de isopor, 14,5 kg de borracha, 4 kg de vidro, 7,5 kg de metal, 2 quilos de tecido, e 6,5 kg de outros materiais. A quantidade de tipos de resíduos encontrados na areia também impressiona:
Depois da coleta, todo o material foi separado, pesado e encaminhado para a COOMARES (Cooperativa de Materiais Recicláveis Santista). O mutirão foi mais uma ação do Projeto de Limpeza de Praias e Rios, que já havia passado por Recife e Salvador e desembarcou pela primeira vez em São Paulo.
Iniciado em dezembro, o projeto de limpeza de praias e rios é realizado em parceria com o projeto Blue Keepers, ligado à Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da ONU no Brasil e, ao todo, passará por 6 regiões do Brasil com ações para coleta de resíduos.
Nas próximas semanas o projeto segue para Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ). Nessa primeira fase, cada região receberá 4 mutirões durante o ano, com ativações realizadas em parceria com fabricantes parceiros do Sistema Coca-Cola e ONGs regionais que atuam para a conservação do meio ambiente.
Em Santos, o mutirão de limpeza de praia teve o apoio da marca de refrigerantes Sprite, do Instituto Ecofaxina, organização que trabalha para reduzir o aporte de plástico no meio ambiente, e da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Santos.
Entre os participantes, Marcos Liborio, Secretário do Meio Ambiente de Santos, além de influenciadores digitais, profissionais da imprensa, voluntários do Instituto EcoFaxina e funcionários da Coca-Cola FEMSA e do Pacto Global da ONU no Brasil.
Hoje, estima-se que 150 milhões de toneladas de plástico circulem no mar. No Brasil, o Blue Keepers é uma das iniciativas que busca a efetiva mobilização de recursos e inovação tecnológica no combate à poluição do plástico em bacias hidrográficas e oceanos, com o envolvimento de empresas de todos os setores, diferentes níveis de governo e da sociedade civil na preservação do ecossistema. Como promotor do ODS 14, faz parte da Década do Oceano, criada pela ONU em 2020, que visa a conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
No âmbito internacional, o Pacto Global das Nações Unidas convoca as empresas de todo o mundo a alinharem suas operações e estratégias a dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Lançado em 2000, o Pacto Global orienta e apoia a comunidade empresarial global no avanço das metas e valores da ONU por meio de práticas corporativas responsáveis.
São 16 mil empresas e quase 4 mil organizações não-empresariais, distribuídas em 70 redes locais, que abrangem quase 170 países – a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo.
O Pacto Global da ONU no Brasil foi criado em 2003, e hoje caminha para a segunda maior rede local do mundo, com mais de 1.800 participantes. Os mais de 50 projetos conduzidos no país abrangem, principalmente, os temas: Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação.
Uma das empresas participantes do Pacto Global no Brasil é a Coca-Cola FEMSA que, em 2022, trocou as garrafas verdes usadas como embalagens de Sprite por garrafas transparentes. A mudança teve como objetivo facilitar a reciclagem do material.
Ao contrário da tradicional PET verde, a embalagem transparente contribui para ampliar sua circularidade. O fato de não conter pigmentação colorida, faz com que a embalagem tenha maior procura e valor na cadeia de coleta e reciclagem, tornando-as mais circulares. Além disso, o conjunto de benefícios de adotar uma embalagem transparente se reflete também em um valor de mercado de até 25% maior, se comparado às PETs com adição de pigmentação colorida.