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Cacique Raoni participa da exposição ‘Xingu: contatos’ em SP

Liderança e referência para povos originários no Brasil vai participar de conversa com entrada gratuita no dia 4 de abril, 18h

Published 03/04/2023
Raoni

Foto: Nicolas Tucat | AFP

Liderança histórica e referência para povos indígenas brasileiros e para o mundo, o cacique Raoni Mẽtyktire participa de um evento na exposição Xingu: contatos, em cartaz no IMS Paulista. A conversa acontece na próxima terça-feira (4 de abril), às 18h, com entrada gratuita e retirada de senhas 1 hora antes do evento.

Com participação decisiva na formulação da Constituição de 1988, Raoni levou ao mundo inteiro a luta por demarcação de territórios tradicionais, direitos indígenas e preservação das florestas. O ativista também foi um dos representantes da sociedade civil que subiu a rampa do Palácio do Planalto na última posse presidencial.

À frente na bancada, da esquerda para a direita: Teseya Panará, Kanhõc Kayapó, Raoni Mētyktire e Tutu Pombo Kayapó, dentre outros, ocupam auditório da liderança do PMDB nas negociações do capítulo dos indígenas na Constituinte, Brasília, em 1988. Foto: Beto Ricardo | Acervo Instituto Socioambiental

O evento integra a programação de encerramento da mostra Xingu: contatos, em cartaz até 9 de abril no IMS Paulista. Além da conversa com o cacique, serão realizados outros eventos gratuitos vinculados à mostra.

No sábado, dia 8 de abril, Clarice Pankararu, presidente da Associação Indígena SOS Pankararu vai falar sobre “Presenças indígenas na cidade de São Paulo”. A ativista conversará com a pesquisadora Márcia Licá sobre os percursos entre a cidade de São Paulo e a aldeia do povo Pankararu em Pernambuco, que tem uma forte comunidade na favela urbanizada Real Parque. Esses dois eventos acontecem no espaço de convivência, no 9 andar do IMS, vinculado à exposição.

Xingu: contatos

Kainahu Kuikuro, integrante do Coletivo Kuikuro de Cinema, no ritual do Kuarup na aldeia Afukuri, julho de 2021. Foto: Takumã Kuikuro | Acervo do fotógrafo.

Em cartaz desde novembro de 2022, a mostra revisita a trajetória de lutas e resistências do Xingu, primeiro grande território indígena demarcado no Brasil, em 1961. Exibida no 7º e no 8º andar do centro cultural, a exposição apresenta múltiplas narrativas e olhares em torno do território, tendo como destaque a produção audiovisual indígena contemporânea, que tem no Xingu um de seus principais pólos.

O conjunto inclui seis curtas-metragens, feitos especialmente para a exposição, de autoria de Divino Tserewahú, Kamatxi Ikpeng, Kamikia Kisêdjê, Kujãesage Kaiabi, Piratá Waurá e do Coletivo Kuikuro de Cinema.

Watatakalu Yawalapiti, 2019. Foto: Sitah | Acervo da fotógrafa

A mostra traz ainda um trabalho inédito do artista Denilson Baniwa, fotografias produzidas pelos comunicadores indígenas da Rede Xingu +, e um mural, com grafismos alto-xinguanos, criado pelo artista Wally Amaru na empena de um prédio na rua da Consolação. Em diálogo, são exibidos imagens, reportagens e outros documentos produzidos no Xingu por não indígenas desde o final do século 19.

A equipe de curadoria é formada pelo cineasta Takumã Kuikuro, diretor de documentários como As hiper mulheres, pelo jornalista Guilherme Freitas, editor-assistente da serrote, revista de ensaios do IMS, e pela assistente de curadoria Marina Frúgoli.

Programação

Retrato de Raoni Mẽtyktire. Foto: Jesco von Putkammer

Os direitos dos povos originários | Evento com Raoni Mẽtyktire

Presenças indígenas na cidade de São Paulo | conversa com Clarice Pankararu e Márcia Licá

Exposição Xingu: contatos

IMS Paulista

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