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Café no Camboja é construído com pneus, garrafas e até tampinhas

E os clientes podem até pagar uma xícara de café com lixo reciclável.

Grandes companhias que estão patinando para implantar o sistema de economia circular talvez pudessem se espelhar no exemplo de alguns pequenos empresários. Veja o caso de Ouk Vanday, ex-gerente de hotel, que está movendo negócios por meio do uso de recursos recicláveis que geralmente são descartados. 

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Ele comanda uma cafeteria em Phnom Penh, na capital do Camboja, feita com quase 100% de materiais reciclados. A estrutura é de madeira, o piso é composto por tampinhas de plástico e as paredes foram edificadas com o reaproveitamento de garrafas de vidro de cerveja. Pneus velhos também são usados em uma cerca no exterior do espaço. O nome “Rubbish Coffee” feito com folhas mortas arremata a construção ecológica.  

Uma iniciativa interessante é que a cafeteria troca uma xícara de café por 100 copos plásticos. Pela quantidade de resíduos necessários, fica claro que é uma ação para estimular as pessoas a aderirem à onda da reciclagem de lixo plástico.

Escola modelo

Além do café, Ouk Vanday também já construiu uma escola de inglês que também tem na reciclagem sua base de existência. Primeiro porque foi levantada usando fibras de coco e outros recursos recicláveis. Segundo porque o pagamento é realizado com resíduos, uma vez que atende alunos de baixa renda da zona rural. E terceiro porque um dos meios para manutenção do espaço é pela venda de produtos feitos com materiais que seriam descartados, como o colorido sino dos ventos feito com papelão, garrafa plástica e até tapete de yoga.

A Coconut School atende crianças de 7 a 16 anos e, além do inglês, dá aulas de informática e educação básica de reciclagem. Tudo é feito com ajuda de voluntários. Veja abaixo algumas fotos da escola. 

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Lixo no Camboja

O Camboja acaba de anunciar que vai devolver 1.600 toneladas de resíduos oriundos dos Estados Unidos e Canadá. Os containers com lixo foram encontrados na última terça-feira, no principal porto do país, e causou revolta. Um porta-voz do ministério de meio ambiente chegou a dizer que o “Camboja não é uma lata de lixo onde os países estrangeiros podem descartar o lixo obsoleto”. Malásia e Indonésia tiveram a mesma postura após receberam toneladas de plástico indevidamente. A situação vem ocorrendo desde que a China decidiu não receber mais lixo dos países ocidentais para reciclar.

Todas as fotos: Coconut School

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