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Prefeitura de SP obriga prédios a oferecerem vagas para bicicletas

Determinação de Haddad será válida para novos residenciais e edifícios reformados

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) decretou uma lei que obriga as novas edificações da cidade a oferecerem vagas para bicicletas. Os espaços deverão ter, no mínimo, 1,8 metros de comprimento para cada bike, e a nova regra também é válida para os prédios que fizerem reformas em suas estruturas. Anteriormente, não havia nenhuma exigência deste tipo na cidade.

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A nova regra já está vigorando, e, desde o dia 29 de maio, os edifícios só poderão ser construídos caso ofereçam os espaços para os ciclistas. As vagas destinadas às bikes devem ficar isoladas dos estacionamentos convencionais e precisam ficar no piso mais perto das áreas de circulação de pessoas, para facilitar o deslocamento dos ciclistas até as vagas. Além disso, os responsáveis pela obra do prédio precisam instalar suportes para prender as bicicletas, a uma distância mínima de 75 centímetros, uma das outras.

A determinação válida em São Paulo não agradou a todos, pois os edifícios antigos e os que não passarem por reformas não precisarão oferecer as vagas para os ciclistas. "Já é um começo, ajuda. A falta de espaço para estacionar é um dos empecilhos que dificultam o deslocamento de bicicleta na cidade. Às vezes, a pessoa que tem bicicleta vai de carro porque o lugar de destino não oferece vaga para a bike”, declarou o cicloativista Willian Cruz para o jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo com a lei em vigor, as edificações que não oferecem estacionamento convencional e aquelas localizadas nas ruas em que o tráfego de bikes não é permitido ficam isentas à determinação aprovada por Haddad.

A lei também vincula o número mínimo de vagas para bicicletas à quantidade de vagas disponíveis para os automóveis. Porém, nos estacionamentos que têm mais de cem vagas, a taxa de espaços para bicicletas cai para 5%.

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Para o diretor de Condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi), Sérgio Meira de Castro Neto, a decisão da prefeitura de São Paulo desagradou boa parte dos condomínios residenciais. Em entrevista ao mesmo jornal paulistano, o diretor disse que não vai ser fácil executar a mudança nos edifícios. "Os espaços de garagem hoje estão no limite, as vagas são pequenas, apertadas. Creio que tudo isso dificultará”,  disse o representante.

Redação CicloVivo

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